Centenas de websites populares utilizam scripts de minerar criptomoedas
Desde que ficou conhecida a utilização de scripts de mineração de bitcoins no site The Pirate Bay, o número de sites que começaram a implementar estas técnicas aumentou significativamente, e no espaço de apenas alguns dias.
Bitcoin e Monero são as duas principais moedas virtuais que podem ser criadas a partir de scripts específicos, nos quais o visitante de um site “fornece” – muitas vezes sem saber – o poder de processamento do seu sistema para minerar as moedas.
De acordo com um recente relatório da empresa Adguard, apenas alguns dias depois de ter sido dado a conhecer publicamente o caso do The Pirate Bay, o número de websites a utilizarem estes scripts aumentou drasticamente.
Atualmente, cerca de 0.22% dos 100.000 principais websites da Internet (segundo a lista da Alexa) utilizam algum tipo de script de mineração de moedas virtuais. Isto corresponde a cerca de 220 websites no total.
Apesar do número ser relativamente pequeno, é importante ter em conta que o script é muitas vezes implementado sem conhecimento dos visitantes, e todos os ganhos vão diretamente para os gestores dos sites.
Os scripts mais utilizados são os JSEcoin e Coinhive. Ambos exigem que os gestores dos sites notifiquem os visitantes sobre a prática, mas isso é algo que raramente ocorre. De nada adianta também que a grande maioria dos sites que utilizam estes scripts possuem origens duvidosas, sendo nomeadamente websites de torrents, pornografia, download ilegais, entre outros.
De acordo com os dados da Adguard, os websites que utilizam estas praticas podem ter obtido, em apenas alguns dias, mais de 43.000 dólares em moeda virtual. O The Pirate Bay, durante o período em que esteve com o script ativo, deverá ter obtido cerca de 12.000 dólares.
Em comunicado, a empresa Coinhive condena estas atitudes, reforçando que todos os websites que utilizem o seu script devem informar os visitantes.
Face aos acontecimentos recentes, o script da empresa também começou a ser bloqueado na maioria dos adblocks do mercado, o que a empresa considera como “aceitável” face às práticas atuais para as quais o script é utilizado.