Google alerta para diminuição de tráfego em sites após aprovação do Artigo 11
O Artigo 13 e o Artigo 11 continuam a ser um tema de debate na UE, e deverá afetar as empresas não apenas localizadas nesta região mas em todo o mundo. Entidades como a Google e o Youtube tem vindo a declarar como estes artigos poderá causar um grande impato na internet tal como se conhece atualmente.
O artigo 11 encontra-se previsto de ser votado novamente em meados de Março, mas a Google continua a sua luta a informar como o mesmo irá causar várias mudanças na internet e, sobretudo, para os criadores de sites online.
Kent Walker, vice-presidente sênior de Negócios Globais da Google, publicou um documento onde explica os motivos pelos quais a Google é contra o Artigo 13 e o artigo 11. No caso deste último, o mesmo limita a capacidade dos websites como a Google apresentarem excertos de conteúdos ou imagens – algo que é realizado, por exemplo, com o sistema do Google Noticias.
Walker afirma que, caso os artigos sejam aprovados, os criadores de conteúdos online e sobretudo as plataformas de noticias podem vir a perder uma parte considerável do seu trafego. Para estes dados o executivo afirma que, em testes internos realizados pela empresa, e aplicando resultados de pesquisa em conformidade com o que seria de esperar após a adoção do Artigo 11 e 13, os criadores de conteúdos e plataformas de noticias perderam cerca de 45% do seu tráfego.
Com isto, muitos dos utilizadores realizaram pesquisas que, invés de os direcionarem para fontes credíveis de noticias, foram para resultados secundários e com menos relevo jornalístico.
> Artigo 13 também irá causar impacto na Google
Apesar de a carta aberta de Walker ser mais associada com o Artigo 11, o conhecido Artigo 13 também é fortemente contestado pela Google. Esta lei estipula que as plataformas online terão a responsabilidade de monitorizar qualquer conteúdo enviado pelos seus utilizadores, com vista a evitar a publicação de conteúdos violadores de direitos de autor antes que estes sejam disponibilizados para o público em geral.
Ou seja, tudo o que for publicado online iria necessitar primeiro de uma aprovação da entidade onde o mesmo será colocado, ou no mínimo uma vistoria para garantir que não viola nenhum direito de autor (o que alguns consideram ser um meio de censura digital).
Esta medida iria causar uma mudança drástica em várias plataformas, como é o exemplo do Youtube. Para se ter a ideia, a plataforma iria ter de começar a monitorizar todos os vídeos enviados pelos utilizadores, de forma a garantir que nenhum viola potenciais direitos de autor, antes de ser publicado para os utilizadores em geral.
Poderá verificar uma explicação mais detalhada sobre o Artigo 13 neste link.