Depois da Google, Qualcomm e Intel podem agora suspender negócios com Huawei

logo da huawei

Depois de terem surgido rumores que a Google iria terminar as relações de negócios com a Huawei, em seguimento da legislativa aprovada pelo governo de Donald Trump, existem agora informações que outros fornecedores da Huawei podem vir a seguir o mesmo caminho no futuro.

De acordo com a agência Bloomberg, entidades como a Qualcomm, Intel e Broadcom estarão a suspender o fornecimento de componentes para a Huawei por um período indefinido de tempo. Caso se confirme esta informação, a medida pode vir a causar transtornos para a empresa na produção de novos dispositivos.

No caso da Google, o problema encontra-se diretamente relacionado com o sistema Android, onde a empresa deixa de ter acesso a alguns serviços da Google Play sobre novos dispositivos que cheguem ao mercado, mas ainda será possível utilizar alternativas – como é o caso da versão base do Android, conhecida como Android Open Source Project (AOSP), para fazer os dispositivos funcionar.

No entanto, a suspensão por parte das fabricantes poderá deixar a Huawei sem componentes para a produção de novas unidades, tanto de futuros dispositivos como dos atualmente ainda em venda. De notar que a Huawei já produz os seus próprios processadores da linha Kirin, mas ainda assim utiliza diversos componentes de outras entidades, como é o caso de modems da Intel.

logo da qualcomm na sede da empresa

Ren Zhengfei, CFO da Huawei, numa entrevista aos meios de imprensa japoneses na semana passada, afirmou que a empresa ainda iria ter capacidade de manter as encomendas e produção de novas unidades mesmo que fosse aplicado um banimento no fornecimento de componentes por parte de entidades nos EUA.

Por enquanto a informação ainda não é oficial, mas o TugaTech entrou em contacto com as principais fornecedoras citadas para obter mais detalhes, sendo que iremos atualizar esta noticia conforme necessário.

Todo este caso encontra-se centrado numa recente ordem executiva aprovada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que efetivamente colocou a Huawei na lista de empresa “banidas” do pais. Basicamente, qualquer entidade nos EUA encontra-se proibida de realizar negócios com empresas citadas nesta lista – da qual a Huawei agora faz parte.