WinRAR é brando com piratas casuais, mas não com geradores de ativação

winrar

O WinRAR é, muito possivelmente, um dos softwares mais reconhecidos em toda a historia, e um dos que é também o mais pirateado, uma vez que apesar de não parecer, trata-se de um programa pago.

A reputação do WinRAR e dos míticos 40 dias de teste prevalecem com o programa. Legalmente a empresa fornece o WinRAR apenas como uma versão de teste por 40 dias, a partir dos quais os utilizadores necessitam de adquirir uma licença ou desinstalar o programa. Porém, nada impede o utilizador de manter o mesmo em funcionamento – tirando um ecrã a informar para a compra da licença e algumas funcionalidades que a maioria não utiliza.

Ao longo dos mais de 25 anos que possui no mercado, esta foi a filosofia do WinRAR, e que a própria empresa possui bem conhecimento. Com mais de 500 milhões de downloads em todo o mundo, coloca-se um pouco atrás apenas do Chrome e Adobe Acrobat entre os programas mais instalados no mundo.

Como anteriormente referido, o WinRAR pode ser utilizado gratuitamente por 40 dias, após o qual é necessário uma licença. Porém nada impede os utilizadores de continuarem a usar o programa com um pequeno alerta cada vez que o iniciam e algumas funcionalidades pequenas indisponíveis. A empresa criadora do programa sabe que este é pirateado todos os dias por milhares de utilizadores em todo o mundo, e abraça livremente esta ideia.

No entanto, ainda parece que existem limites no que respeita a esta tolerância, sobretudo no que respeita a realmente piratear o programa.

winrar

Apesar da sua natureza “gratuita”, o WinRAR ainda atrai comunidades piratas que tentam contornar as pequenas limitações que são impostas após os 40 dias de uso. O método mais comum para contornar isso passa pelo uso de keygens, que criam chaves falsas para ativação do WinRAR, retirando assim as limitações impostas e o ecrã inicial.

E a empresa Win.rar GmbH não parece muito satisfeita com estes casos, ao ponto de ter realizado um pedido de DMCA ao Github sobre um repertório que estaria a distribuir um keygens do WinRAR.

keygen winrar

A empresa afirma que implementou um sistema exclusivo de licenciamento, onde cada licença vendida pela WinRAR (e sim, isso ocorre) é criada manualmente por funcionários da mesma através de um ficheiro REG, que posteriormente deve ser colocado na pasta onde o WinRAR se encontre instalado.

O repertório agora eliminado do Github alvo do DMCA estaria a distribuir um keygen que criava falsas chaves de registo para os utilizadores, e ativava assim as copias do WinRAR para retirar os pequenos entraves que possuía.

Em comunicado ao portal TorrentFreak, um representante da empresa Win rar afirma que os utilizadores não necessitam de todo de piratear um software que, por si só, é fornecido praticamente de forma gratuita, sobretudo quando a versão Trial é mais do que suficiente para a maioria dos casos e pode ser utilizada de forma (quase) ilimitada.

A empresa está bem ciente do facto de muitos utilizadores continuarem a utilizar o programa para além dos 40 dias a que possuem direito, e estes são livres de o fazer conforme pretendam. Não existe real necessidade de utilizar um keygen para ultrapassar estes limites.

Não existem dúvidas que, apesar de ser pirateado e existirem versões alternativas gratuitas, o WinRAR ainda é um dos programas de compressão e descompressão mais utilizados a nível mundial por mais de 25 anos.