TikTok revela o seu primeiro relatório de transparência, sem pedidos feitos da China

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No seu primeiro relatório de transparecia, a TikTok lançou alguns dados sobre os pedidos feitos por diversas entidades e governos a nível mundial sobre os utilizadores na plataforma, sobretudo como forma de tentar demonstrar para várias entidades nos EUA que a plataforma não se encontra a espiar os seus utilizadores – algo que tem vindo a ser discutido nas ultimas semanas.

De acordo com o relatório publicado pela entidade, a TikTok não recebeu nenhum pedido formal do governo da China para acesso a informações sobre os utilizadores durante a primeira metade de 2019. Invés disso, a maioria dos pedidos tiveram como origem a Índia, com mais de 107 pedidos sobre 143 contas de utilizadores indianos. Além disso, a empresa refere ainda que forneceu os dados dos utilizadores às autoridades em 47% dos casos.

Em segunda posição nos pedidos realizados encontra-se os EUA, com 79 pedidos feitos sobre 255 contas na plataforma, dos quais 86% dos casos foram aceites e a informação fornecida às autoridades. Em terceiro lugar encontra-se o Japão, com 35 pedidos.

Segundo o comunicado da empresa, o relatório pretende ser uma forma das entidades terem acesso a mais informação sobre o que realmente se encontra a ser pedido ao TikTok por parte dos diferentes governos a nível mundial. Esta garante ainda que pretende atualizar este relatório de forma consistente ao longo dos próximos meses, com informação atualizada, fornecendo mais transparência na forma como a TikTok lida com os pedidos legais.

No entanto, existe um motivo pelo qual este relatório não indica nenhum pedido realizado pelo governo chinês à rede social. Isto será porque o TikTok não se encontra exatamente disponível na China – invés disso, a Bytedance, empresa responsável pela plataforma, possui uma aplicação dedicada para tal no pais, a Douyin, que possui funcionalidades similares mas é apenas destinada ao publico chinês.

Além disso, todos os servidores relacionados com o TikTok estão localizados fora da China, sendo que a informação dos utilizadores está fora da autoridade do governo Chinês aceder diretamente.

Ainda assim, as autoridades norte-americanas acreditam que a plataforma tem vindo a fornecer informação sobre os seus utilizadores ao governo da China, ao ponto que a rede social encontra-se bloqueada para uso em alguns ramos do exercito dos EUA.