Steve Jobs ponderou usar processadores da Intel nos primeiros iPad
Apesar de Steve Jobs não ter tido propriamente uma das melhores relações com a Intel, este ainda terá pensado em colocar os chips da empresa nos primeiros modelos do iPad quando este chegou ao mercado.
A afirmação encontra-se na mais recente biografia de Walter Isaacson sobre Steve Jobs, que aponta que o executivo da Apple, na altura em que se encontrava a desenvolver o iPad, ainda teve ideias de colocar chips da Intel no seu interior.
De relembrar que o iPad original foi lançado em 2010, e nunca teve um chip de outros fabricantes no seu interior. A empresa sempre colocou os seus próprios chips nesta linha de produtos, algo que tem vindo a manter-se até aos dias de hoje.
A Intel ainda chegou a fazer parte de outros produtos da Apple, como os MacBooks, mas a nível do iPad foi uma área onde não entrou.
Jobs terá ponderado colocar um chip da Intel dentro do novo iPad ainda na fase de protótipo do mesmo, mais em concreto um Intel Atom, que na altura eram os principais chips destinados a dispositivos portáteis e com foco em reduzido consumo de energia.
No entanto, a ideia terá sido deixada de lado com um grande apoio de Tony Fadell, outro executivo da empresa na altura e que ajudou a colocar o iPod no mercado. Tony Fadell teria aconselhado Jobs a usar os seus próprios chips invés de ficar dependente de terceiros para a tarefa, e que no final terá sido a opção escolhida pelo mesmo para lançar o novo produto no mercado.
Foi também na mesma altura que a Apple adquiriu a PA Semi e a Intrinsity, ambas com o objetivo de desenvolver os primeiros chips A4 para o iPad, e mais tarde o A5.
Os motivos de Steve Jobs para não optar pela Intel também foram revelados: primeiro o executivo não considerava os chips da Intel como sendo rápidos o suficiente, algo que a empresa na altura estava bastante acostumada e pretendia aplicar em todo os seus produtos. Por outro lado, Jobs também não queria ter de “ensinar” todos os segredos da Apple a uma entidade externa, que depois poderia usar os mesmos para proveito próprio ou até fornecer a terceiros.
Foram ainda deixadas críticas a nível dos gráficos, que na altura sobre os processadores Intel Atom eram bastante maus a nível de desempenho final – algo que a Apple também não pretendia para um dispositivo com foco em multimédia.