Dezenas de sites em Portugal vão ser considerados “inseguros” devido a certificados Multicert
Devido a vários problemas no processamento de certificados SSL, a Google decidiu remover a empresa espanhola Camerfirma da lista de autoridades com certificados SSL no Google Chrome – e que vai afetar todos os restantes navegadores, incluindo também o Firefox.
A Google alega que a remoção da entidade da lista de autoridades certificadas da empresa ocorre depois de vários problemas no passado com a mesma e sobre a geração de certificados SSL, no que esta considera como não estando nos requisitos de qualidade e segurança para uma entidade deste género.
A partir de meados de Abril de 2021, todos os sites na internet que tenham certificados da Camerfirma irão começar a ser considerados como inseguros pelo Chrome e Firefox (e todos os navegadores derivados dos mesmos).
Onde isto afeta os utilizadores portugueses? Bem, a Camerfirma tem uma sub-entidade portuguesa conhecida como “Multicert”. Esta entidade é responsável por emitir certificados SSL em Portugal para várias entidades de renome – sendo o caso de vários sites da operadora MEO, SAPO, GNR, entre outros.
Vários sites de fontes oficiais do governo ou de várias autoridades também se encontram sobre estes certificados, e até ao momento ainda não existe qualquer alteração sobre o funcionamento dos mesmos.
Mas então qual o problema disto? Bem, a partir de Abril de 2021 os certificados vão deixar de ser suportados numa grande maioria dos navegadores – atualmente é possível verificar erros sobre quem já se encontre sobre as versões de teste do Firefox, Chrome, entre outros.
Caso os certificados não sejam atualizados, os utilizadores irão começar a verificar uma mensagem de erro quando tentam aceder aos conteúdos – e aos sites das entidades.
É importante relembrar que os certificados Multicert encontram-se associados com centenas de websites em Portugal, e todos estes domínios irão deixar de se encontrar acessíveis pelos utilizadores em breve – ou irão apresentar mensagens de erro que vão tornar o uso dos sites consideravelmente mais complicado.
Infelizmente existe pouco que os utilizadores finais possam realizar neste caso. A retificação dos problemas deverá ser feita pelas entidades associadas com os sites que utilizem estes certificados. Para os utilizadores, uma das formas de corrigir o erro será selecionar a opção de “Aceitar os riscos” sempre que se tente aceder aos conteúdos – o que não será certamente uma das soluções mais intuitivas.