Autoridades investigam possíveis abusos com o Google Maps no mercado
A Google volta a encontrar-se no centro de algumas investigações das autoridades, desta vez por novas acusações de possíveis abusos de posição dominante no mercado, que podem prejudicar alguns dos seus rivais em diferentes setores.
De acordo com a investigação que se encontra a ser realizada, citada pela Reuters, as autoridades encontram-se a analisar dois pontos fundamentais. O primeiro será relativo à inclusão do Google Maps sobre os sistemas de veículos no mercado – algo que tem vindo a ser cada vez mais frequente com o Android Auto.
Se um fabricante de automóveis quiser integrar o Google Maps nos seus veículos, pode realizar a tarefa, mas ao mesmo tempo a Google obriga a que o mesmo tenha também outras aplicações da empresa pré-instaladas, entre as quais se encontra a Play Store, Google Assistente, YouTube Music e várias outras.
As autoridades consideram que esta medida pode prejudicar a capacidade dos rivais introduzirem alternativas nos sistemas, limitando também a escolha dos fabricantes.
De notar que isto ocorre também com o mercado dos smartphones. Para um dispositivo ter os Serviços da Google, é necessário que várias apps da empresa sejam pré-instaladas no sistema – incluindo a Play Store, YouTube, Gmail, entre outras.
O segundo ponto de críticas das autoridades encontra-se relacionado com os Termos de Serviço da Google Maps. Para as autoridades, os mesmos são consideravelmente limitativos na forma como os programadores podem usar os dados dos mesmos.
Em particular é referido um dos termos na plataforma, que basicamente impede que os programadores possam criar um serviço usando dados do Google Maps que seja para competir diretamente com a plataforma da Google.
Por exemplo, um programador não pode recriar uma aplicação de mapas usando o Google Maps, uma vez que tal seria recriar algo que a Google já possui com o Google Maps.
Existe ainda a questão que muitas funcionalidades do Google Maps e da sua API encontra-se consideravelmente limitadas ou a empresa exige que sejam feitos pagamentos para ser usado.
De momento a investigação a este caso ainda se encontra numa fase bastante inicial de desenvolvimento, portanto não existe nada de concreto avançado tanto pelas autoridades como pela Google sobre o caso.