Despedimentos em massa pelo Zoom cada vez mais comum nos EUA

Com o trabalho remoto, cada vez mais empresas estão também a aderir a uma nova prática com os seus funcionários: os despedimentos em massa por teleconferências.

Faz apenas alguns meses que a empresa Better.com foi criticada depois de despedir, por uma videochamada, mais de 900 funcionários. E ao que parece, outra empresa parece ter seguido a mesma ideia para um número ainda maior.

De acordo com o portal Protocol, a empresa norte-americana Carvana, dedicada à compra e venda de viaturas usadas, terá realizado via videochamadas no Zoom o despedimento de quase 2500 trabalhadores como parte de uma medida de reestruturação.

Segundo o portal, neste caso o despedimento não foi feito todo ao mesmo tempo, e invés disso a empresa terá criado várias chamadas pelo Zoom dedicadas para o despedimento dos trabalhadores. A empresa garante, no entanto, que mais de metade dos trabalhadores despedidos foram igualmente notificados da tarefa presencialmente, embora não seja negado que alguns despedimentos ocorreram de forma totalmente remota.

Quanto aos motivos para os despedimentos em massa, um porta-voz da empresa refere que tais medidas foram necessárias devido aos fracos resultados da empresa a nível financeiro, como parte da reestruturação da mesma, e também derivado da própria inflação do mercado em geral.

É importante relembrar que esta não é a única empresa nos EUA que aplicou medidas similares para despedir funcionários. Para além da Better anteriormente referida, a TripActions, foi outra entidade que também terá conjugado, em uma videochamada do Zoom, 300 funcionários para despedir os mesmos.

É importante notar que estes géneros de despedimentos em massa não podem ocorrer em todos os países. No caso dos EUA, as leis locais permitem que tal seja realizado, mas em países como Portugal tal medida não será possível.