Autoridades Russas aplicam multa à Google por incentivo à desinformação
A Rússia continua a fazer valer as suas próprias regras sobre a Internet, sendo que o Roskomnadzor, entidade de vigilância das comunicações no pais, confirmou que o governo local vai aplicar uma nova multa milionária à Google, alegadamente por esta encontrar-se a distribuir desinformação sobre a guerra entre a Ucrânia e a Rússia.
Segundo o comunicado da Roskomnadzor, a Google terá sido multada em 1.2 milhões de dólares por alegadamente ter ajudado a distribuir conteúdos de desinformação relativamente à guerra iniciada pela Rússia.
Em causa encontra-se o YouTube, que o Roskomnadzor afirma ser uma fonte de propagação de desinformação sobre a guerra, e em grande parte com informações falsas relativamente ao lado russo.
A entidade afirma que existem mais de 7000 vídeos na plataforma da Google que estão a promover visões incorretas sobre a guerra, e que apesar dos pedidos de remoção dos mesmos feitos pela Roskomnadzor, a Google terá recusado a sua remoção.
Tendo em conta que o YouTube é uma empresa diretamente relacionada com a Google, o governo russo decidiu avançar com a multa por violações das leis locais. A empresa encontra-se ainda sujeita a mais penalizações no futuro, onde se encontra a possibilidade de uma multa correspondente a 10% das receitas da empresa na Rússia, alegadamente por falha na remoção de conteúdo em violação das leis locais.
De relembrar que, ainda de forma recente, a filial da Google na Rússia terá declarado falência, algo que terá sido prejudicado com o impacto da guerra no pais e as sanções aplicadas ao mesmo. Apesar disso, a empresa garante que os serviços gratuitos da mesma vão continuar disponíveis para os utilizadores russos – onde se inclui o motor de pesquisa, YouTube, Maps, entre outros.
É também importante relembrar que a Rússia, recentemente, assinou uma nova legislação que pune judicialmente a partilha de informações falsas sobre o pais, nomeadamente com foco na guerra com a Ucrânia, e que pode levar a penas de prisão até 15 anos.