Tenha cuidado ao pesquisar pelo CCleaner no Google
O CCleaner é uma popular ferramenta de otimização do Windows, que apesar de todas as controvérsias no passado, ainda continua a ser usada por milhares de utilizadores. Para muitos, quando se pretende descarregar o programa, uma das formas de o realizar será aceder a um motor de pesquisa como o Google e pesquisar pelo nome do programa.
No entanto, se costuma realizar esta tarefa, talvez seja melhor ter cuidado sobre onde exatamente acede. Isto porque foi recentemente identificada uma nova campanha focada em enganar os utilizadores que procurem pelo CCleaner no Google.
De acordo com a empresa de segurança Avast, foi descoberta uma nova campanha de malware sobre o nome de “FakeCrack”, que usa os resultados de pesquisa do Google para tentar enganar os utilizadores a descarregarem versões maliciosas do CCleaner.
A campanha usa a publicidade do Google para surgir nos primeiros resultados da pesquisa, que será onde existe a maior possibilidade de os utilizadores carregarem primeiro. Além disso, o ataque afeta também quem procura versões pirateadas do CCleaner Pro, onde o mesmo sistema de publicidade é usado para apresentar sites onde, supostamente, se poderia descarregar a versão.
Os investigadores afirmam que nem sempre a campanha usa a publicidade da Google para tentar enganar os utilizadores. Muitas vezes são criados sites específicos para fornecerem versões modificadas do programa, que se focam em quem ativamente procura por este género de software pirateado.
As vitimas são muitas vezes levadas para sites que fornecem ficheiros ZIP, onde supostamente se encontra o programa pirata. Estes ficheiros estão protegidos por senha para evitar a deteção por softwares de antivírus, e encontram-se armazenados em várias plataformas de alojamento cloud.
Se os utilizadores instalarem os programas nos seus sistemas, acabam por estar a instalar malware focado em roubar dados de login a partir de navegadores como o Google Chrome, carteiras de criptomoedas e outras informações sensíveis.
O malware também é capaz de instalar um programa de monitorização da Área de Transferência do Windows, que identifica quando o utilizador copia uma carteira de criptomoedas para o mesmo, e altera o código da mesma para carteiras em controlo dos atacantes.
Os investigadores acreditam que mais de 10.000 utilizadores são infetados todos os dias com este género de malware, tendo em conta também que a campanha encontra-se ativa e a ser bastante explorada.