Funcionários do Twitter alertam para riscos em funcionalidade de compras
O Twitter tem vindo a testar algumas novidades para a sua plataforma, focadas sobretudo a nível do e-shopping. No entanto, parece que existe algum receio por parte de alguns funcionários da empresa que esta novidade possa ser usada também para práticas menos apropriadas dentro da plataforma.
De acordo com um memorando interno dos funcionários do Twitter, citado pelo portal The Verge, estes receiam que as novas funcionalidades de compras a serem testadas no Twitter possam vir a ter efeitos prejudiciais para a plataforma, e sobretudo para os seus utilizadores.
É importante sublinhar que, para já, a plataforma ainda não lançou a funcionalidade oficialmente, mas os rumores para tal já existem faz alguns meses e algumas marcas já se encontram a testar a mesma. A ideia dos funcionários será que esta funcionalidade pode ser considerada de elevado risco para a plataforma, sobretudo pela falta de moderação que pode existir.
Ao contrário do que acontece em outras plataformas, onde os produtos são adquiridos diretamente dessas plataformas, no caso do Twitter a empresa encontra-se a permitir que a funcionalidade seja usada em sites externos. Ou seja, as entidades que realizam as vendas podem direcionar os utilizadores para fora do Twitter, para procederem com a compra direta nos sites oficiais das mesmas.
Os funcionários apontam que existe o risco desta funcionalidade ser usada para atividades negativas junto dos consumidores, nomeadamente por entidades que podem aproveitar-se de nomes de marcas reconhecidas para enganarem os consumidores. Além disso, é ainda indicado que a moderação destes conteúdos pode ser consideravelmente mais complicada de ser feita, tendo em conta que os sistemas do Twitter não se encontram preparados para este género de conteúdos.
De notar também que, para já, a funcionalidade ainda não possui regras claras relativamente ao uso de marcas. Ou seja, tecnicamente não existe nada nas regras do Twitter que impeça uma falsa marca de criar uma loja não oficial, vendendo os produtos como se fossem seus, mas dando o foco para outra entidade.
Apesar de o Twitter estar a desenvolver formas de moderação para estes conteúdos, os funcionários alegam no memorando interno que as mesmas ainda estão bastante “limitadas”, e como tal abre-se as portas para possíveis abusos.