Existem cada vez mais aplicações abandonadas na Google Play Store
Apesar de o Android ser um sistema consideravelmente aberto, permitindo a qualquer um criar as suas próprias aplicações para o mesmo, os dados mais recentes parecem apontar que existem cada vez mais programadores a abandonarem o desenvolvimento das suas apps no mesmo.
De acordo com um estudo realizado pela empresa Pixalate, existem cada vez mais aplicações na Google Play Store que acabam por ser “abandonadas” pelos seus criadores, muitas vezes ficando anos sem atualizações – ou acabando eventualmente por deixar de se encontrar disponíveis visto nunca mais terem recebido correções e melhorias.
A Pixalate considera uma aplicação como “abandonada” caso a mesma não tenha sido atualizada nos últimos dois anos. Os dados apontam que, entre o primeiro e segundo trimestre deste ano, o valor de aplicações abandonadas passou de 967.000 para 1.1 milhões sobre a Google Play Store, representando um crescimento de quase 16%.
Por sua vez, na App Store da Apple os valores registaram mesmo quedas, passando no mesmo período de 724.000 para 515.000, uma queda de 29%. Ou seja, estes números indicam que existem mais programadores a atualizarem as suas apps no iOS do que as existentes no Android.
Talvez de forma não tão surpreendente, os dados apontam que a maioria das aplicações que foram abandonadas no Android eram respeitantes a programadores que se encontravam sediados na China ou na Rússia, e que tendo em conta a situação atual, não se encontram na capacidade de o realizar.
No entanto, os números claramente demonstram que, em menos de seis meses, mais aplicações foram consideradas como abandonadas sobre a Play Store do que as que foram efetivamente atualizadas com melhorias e correções. Da mesma forma, cerca de 23% das aplicações abandonadas nem sequer possuem uma política de privacidade, ou a mesma encontra-se inacessível – o que pode ser considerado um problema a nível da privacidade dos utilizadores que, eventualmente, possam instalar essas apps.
O estudo também teve em conta as apps que são consideradas como “super abandonadas”, que é o que a entidade classifica como apps que não receberam atualizações nos últimos cinco anos. Neste caso, os números indicam que existem 306.000 apps, embora o valor esteja a crescer em ambas as plataformas.