Pequenos artistas em plataformas de streaming continuam a ser mal pagos
As plataformas de streaming são uma das melhores formas de encontrar novos conteúdos para os utilizadores, sobretudo em plataformas como o Spotify. No entanto, ainda existem criticas sobre as receitas que os artistas geram sobre essas plataformas – que muitos consideram ser relativamente baixas.
No entanto, segundo as autoridades da competição no Reino Unido, a CMA, existe pouco que a entidade possa fazer para ajudar os artistas neste sentido. Segundo a entidade, o objetivo da mesma passa por analisar o mercado e verificar se existe competição no mercado do streaming de música, de forma a criar um ambiente competitivo para todas as empresas.
Segundo a analise da entidade, entre 2009 e 2021 verificou-se a um aumento de competição neste mercado, mas, simultaneamente, os preços de acesso a conteúdos musicais caíram quase 20%, sobretudo com o acesso gratuito de algumas plataformas e suportado por publicidade. Os dados apontam ainda que, apenas no Reino Unido, existem mais de 39 milhões de pessoas com acesso a plataformas de streaming, e 138 mil milhões de músicas reproduzidas todos os anos.
Apesar de os consumidores terem uma frente benéfica em nível de preços, para os artistas a história será diferente. A CMA afirma que 60% dos conteúdos mais transmitidos nas plataformas de streaming correspondem a apenas 0.4% dos artistas.
Foi ainda indicado que os artistas podem ganhar 12.000 dólares por 12 milhões de transmissões no Reino Unido em 2021, mas apenas 1% dos mesmos atingem estes valores. Isto afeta sobretudo os pequenos artistas, que vão ter mais dificuldades em encontrar formas de partilharem os seus conteúdos.
No final, a CMA afirma que existe competição dentro do mercado, mas que mesmo que a entidade fosse a intervir no mesmo, isso não iria ditar um aumento de receitas para os artistas, sobretudo os mais pequenos dentro das grandes plataformas e de todo o ecossistema.