TikTok está agora banido de quase todos os dispositivos governamentais
Os EUA começaram a aplicar medidas contra a plataforma do TikTok faz algum tempo, em parte sobre as questões relacionadas com a privacidade e recolha de informações dos utilizadores da plataforma – tendo em conta que a empresa responsável pela plataforma, a ByteDance, encontra-se sediada na China.
Apesar de a plataforma ainda não estar banida dos EUA, recentemente as autoridades têm vindo a focar-se cada vez mais em bloquearem a instalação da app em diversos dispositivos associados com o governo. E uma recente lei que se encontra a ser criada pode vir a alargar essas medidas.
A nova lei, apelidada de “No TikTok on Government Devices Act”, pretende que o TikTok seja banido de todos os dispositivos associados com instituições governamentais nos EUA, sendo considerado uma ameaça para a segurança nacional devido à possível recolha de dados para a China.
Ou seja, com esta nova lei aprovada, praticamente todos os níveis de entidades associadas ao governo dos EUA ficarão proibidos de ter o TikTok nos seus dispositivos.
No início deste mês, o diretor do FBI, Chris Wray, deixou o alerta para a possibilidade de a aplicação ser usada como forma de recolha de dados pessoais para a China, mais concretamente para o governo chinês.
Ao longo das últimas semanas, várias medidas foram aplicadas para limitar a utilização do TikTok em dispositivos associados com o governo. Apesar de ainda não se encontrar aplicada uma lei que bloqueie a aplicação por completo no pais – para todos os utilizadores – as medidas que foram sendo aplicadas nos últimos tempos apontam para a possibilidade de isso vir a acontecer no futuro.
Ao mesmo tempo, o TikTok tem vindo a tentar fornecer mais informações sobre a recolha de dados dos utilizadores, bem como a realizar medidas para garantir que os dados se encontram apenas em território norte-americano. Uma das medidas começou a ser aplicada em Junho deste ano, quando todo o tráfego da plataforma começou a passar para servidores da Oracle, sediados nos EUA, para evitar o envio de dados para sistemas na China.
Além disso, os sistemas foram ainda revistos de forma independente, para garantir a segurança e privacidade dos dados que por eles passam.