YouTube pretende realizar mudanças na sua política de conteúdos ofensivos
O YouTube tem vindo a ser bastante criticado pelas suas políticas vagas e algo confusas, que de tempos a tempos recebem atualizações e acabam por prejudicar os principais criadores de conteúdos na plataforma.
No entanto, a empresa parece estar a tentar rever algumas destas mudanças. De acordo com o portal The Verge, um porta-voz do YouTube confirmou que a plataforma encontra-se a rever uma mudança feita nas políticas de conteúdos da plataforma, que foram alteradas em Novembro do ano passado, relativamente a conteúdos com termos ofensivos.
As regras aplicam sérias restrições ao género de conteúdos que podem ser publicados na plataforma, e que aplicam restrições de idade e de monetização em vídeos que tenham conteúdos como palavrões ou outros termos ofensivos nos primeiros segundos do mesmo – ou como parte fundamental do conteúdo em si.
O problema, no entanto, não se encontra propriamente sobre esta nova regra, mas na forma como a plataforma se encontra a implementar a mesma, afetando até conteúdos que teriam sido enviados para a plataforma antes da regra ser aplicada.
O YouTuber RTGame explicou num recente vídeo mais detalhes sobre este problema – e do qual afetou diretamente o mesmo. De acordo com o mesmo, vários dos seus conteúdos no YouTube foram subitamente marcados com limites de idade, visto que o YouTube decidiu que os vídeos estariam a violar as novas regras relativamente a ofensas verbais nos primeiros segundos do conteúdo.
Ao mesmo tempo, além dos criadores terem pouco sucesso em apelar destas decisões, o próprio YouTube não permite que possam ser feitas alterações nos vídeos. Ou seja, os utilizadores ficam sem alternativas a não ser terem os seus conteúdos consideravelmente limitados.
Um vídeo restrito em nível de idade é algo consideravelmente grave para os criadores de conteúdos, uma vez que reduz bastante a visibilidade do conteúdo final – além de que apenas utilizadores subscritos no YouTube e aprovados como tendo mais de 18 anos podem assistir ao conteúdo.
Ao mesmo tempo, a comunicação entre o YouTube e os criadores continua a ser um problema. A plataforma não refere, quando um conteúdo é limitado, quais foram exatamente os conteúdos que levaram a essa limitação. A empresa indica qual foi a regra quebrada, mas não exatamente onde esse conteúdo foi quebrado dentro do vídeo – ao que se junta a impossibilidade de os criadores editarem o conteúdo.
Se tivermos em conta as declarações do YouTube, é possível que algumas mudanças na política venham a ser feitas daqui em diante, mas este não será certamente um problema recente. Ao longo dos anos, o YouTube tem vindo a ser consideravelmente criticado pelas suas alterações na política de conteúdos, ao mesmo tempo que possui uma fraca comunicação para com os utilizadores e sobretudo os criadores.