Autoridades do Reino Unido dão luz verde para a compra da Activision pela Microsoft

As autoridades do Reino Unido encontram-se agora a dar a luz verde para a compra da Activision Blizzard por parte da Microsoft, depois de inicialmente terem apresentado questões sobre a possibilidade deste negócio vir a causar impactos para a indústria como um todo.

A CMA confirmou ter revisto as suas questões relativamente à compra, tendo agora confirmado que a mesma não deverá causar impacto sobre o mercado dos videojogos nem reduzir a competição existente no mesmo.

Apesar de as provas apresentadas manterem-se inalteradas, a entidade acredita que a compra não deverá afetar empresas como a Sony. Na verdade, a CMA afirma que, apesar de existir sempre a possibilidade de a Microsoft afetar as vendas da Sony, a empresa possui ainda um catálogo bastante extenso de produtos e títulos no mercado que não deverão afetar drasticamente a mesma.

Ao mesmo tempo, a entidade também avaliou a possibilidade dos impactos que teriam de colocar títulos como Call of Duty exclusivos apenas para a plataforma da empresa. Caso isso aconteça, segundo a entidade, o impacto financeiro também seria consideravelmente elevado para a Microsoft – e não afetaria apenas o lado da Sony e dos rivais no mercado.

Em base, as autoridades acreditam que mesmo se essa situação acontece, uma grande parte dos consumidores não vão mudar da PlayStation para a Xbox apenas para se manterem com o título.

De notar, no entanto, que as preocupações das entidades ainda se encontram na mesa, nomeadamente a nível da competição do mercado em cloud gaming. A Microsoft atualmente domina o mercado de cloud Gaming, com cerca de 70% do mesmo. Existem receios que a compra da Activision pode aumentar ainda mais a sua presença neste ponto, e poderá ter problemas a nível de competição.

De relembrar que a Sony sempre se demonstrou contra a compra por parte da Microsoft, em parte alegando que a mesma poderia prejudicar os utilizadores da sua consola, a longo prazo. Por sua vez, a Microsoft demonstrou-se aberta em tornar a compra o mais transparente possível, bem como os planos para o futuro de manter o suporte dos títulos existentes independentemente da plataforma onde estes se encontrem.