Bing Chat pode direcionar utilizadores para sites com malware pela publicidade
A Microsoft tem vindo a apostar no desenvolvimento do Bing Chat, e uma forma da empresa monetizar os conteúdos passa por integrar alguma da publicidade do Bing também nos resultados do chatbot. No entanto, isso está agora a levar que certas respostas do Bing Chat possam direcionar os utilizadores para sites maliciosos.
Nos últimos tempos tem-se verificado a um aumento do uso de plataformas de publicidade para a distribuição de malware, incluindo em links promovidos para sites de conteúdo malicioso. O Bing não é exceção, com vários incidentes onde resultados da pesquisa teriam links para sites de publicidade – que surgem no topo dos resultados – para conteúdo de malware. Este género de campanhas tem vindo a ganhar bastante destaque nos últimos tempos, mas agora, com a própria integração da publicidade feita no Bing Chat, esta espalha-se para ainda mais utilizadores.
Como a publicidade apresentada no Bing Chat é diretamente recolhida da publicidade que se encontra no Bing, isso pode levar a casos onde conteúdos maliciosos são recomendados como tal dentro das conversas. Ainda mais prejudica o facto que, para a maioria dos utilizadores, os conteúdos partilhados pelo chatbot de IA são considerados “seguros”, levando a que as defesas mesmo dos utilizadores mais atentos possam ser reduzidas. As conversas tidas com o chatbot podem levar a uma falsa confiança que os conteúdos partilhados no mesmo são seguros, quando na verdade podem não o ser.
A empresa de segurança Malwarebytes revela ter identificado vários casos de publicidade maliciosa que chega a ser injetada nas conversas do Bing Chat, levando os utilizadores para conteúdos que podem prejudicar os seus dados pessoais ou do sistema de onde acedem. Apesar de a publicidade dentro do Bing Chat se encontrar marcada como tal, com uma tag apropriada como nas pesquisas, ainda assim os utilizadores podem ser incentivados a carregar no link considerando o mesmo como “seguro”.
É possível que este género de casos venha a aumentar no futuro, ainda mais porque a tendência de usar os sistemas de pesquisa para distribuir malware nas pesquisas encontra-se cada vez mais frequente. A consequente integração com os chatbots podem levar a que estes casos sejam ainda mais recorrentes.
Como sempre, independentemente da fonte, é recomendado que os utilizadores verifiquem diretamente os links fornecidos e tentem validar se os mesmos dizem respeito ao que realmente se pretende. Por exemplo, no caso de se questionar ao Bing Chat pelo site para descarregar um determinado programa, deve-se verificar se o link corresponde realmente ao final que se pretende da entidade verdadeira.