Capcom não estaria interessada na compra pela Microsoft
A Microsoft é uma das empresas que se encontra a focar consideravelmente no mercado gaming, tanto que realizou algumas aquisições de peso nos últimos meses. A Activision-Blizzard é um dos exemplos de tal – embora o processo de compra ainda esteja a decorrer – bem como nomes como a ZeniMax Media (Bethesda, id Software, Arkane).
Recentemente, alguns rumores indicavam que a empresa teria planos no passado de adquirir a Capcom, criadora de jogos como Resident Evil. No entanto, parece que isso vai ser muito improvável de acontecer.
Numa recente entrevista para a Bloomberg, o COO da Capcom, Haruhiro Tsujimoto, comentou sobre os recentes rumores de uma possível compra por parte da Microsoft. Na mesma, Tsujimoto afirmou que a empresa teve alturas em que estaria como alvo de possíveis compras de interessados, mas que agora a marca pretende crescer de forma orgânica, e não a ser adquirida por terceiros.
O executivo acredita que os talentos internos da empresa são importantes para ajudar no crescimento da marca a longo prazo, e isso não é possível de se manter caso a empresa fosse adquirida.
A Bloomberg terá mesmo questionado diretamente sobre o interesse de compra da Microsoft, na qual o COO afirma que, caso tivesse sido realizada, a Capcom iria educadamente rejeitar.
Estas declarações também demonstram a ideia da empresa, que tem vindo a focar-se em construir o seu repertório de jogos de forma independente. No entanto, Tsujimoto afirma que existe valor em usar parceiros externos para melhorar os objetivos finais da empresa – e isso é algo que a mesma se encontra a explorar.
A Capcom esteve recentemente nas notícias depois de ter confirmado que iria colocar jogos como Resident Evil Village e Resident Evil 4 no novo iPhone 15 Pro no final deste ano, com uma nova parceria direta com a Apple.
Outro ponto interessante será que Tsujimoto também indicou que, tendo em conta os aumentos de custos no mercado, é possível que a editora venha a ter de aumentar os preços de alguns jogos futuros, ultrapassando a atual marca dos 60 euros.