Google perde caso em tribunal por discriminação de género
A Google vai ser obrigada a pagar mais de 1 milhão de dólares em indemnização para uma executiva da mesma, que acusou a empresa de atos discriminatórios com base no género.
Ulku Rowe, engenheira diretora do Google Cloud, acusou a empresa de a contratar para um nível abaixo do cargo que era suposto ocupar, enquanto que homens com menos experiência que a mesma foram contratados para cargos mais elevados dentro da empresa. De acordo com o portal Bloomberg Law, quando esta tentou promover o seu cargo, também terá ficado atrás de homens com menos experiência no cargo. Quando a mesma tentou indicar estes pontos à empresa, a mesma afirma que sofreu retaliação por parte da Google.
O tribunal responsável pelo caso deu razão a Rowe, sendo que a mesma vai agora receber 1.15 milhões de dólares pelos danos causados e como parte da indemnização. No entanto, o tribunal não deu como provada a acusação de que Rowe estaria a receber menos do que os seus colegas, violando as leis de trabalho locais em Nova Iorque. Quando esta começou a trabalhar na Google, teria mais de 23 anos de experiência na área, e a acusação afirma que a empresa terá colocado Rowe num cargo abaixo do que era merecido, quando candidatos que entraram na mesma altura terão ocupado cargos superiores e com menos experiência.
Este resultado surge também menos de cinco anos depois de quase 20,000 funcionários da Google terem acusado a empresa de falta de cuidado no tratamento de questões sobre condutas improprias de trabalho e de assédio. Segundo as fontes, este é o primeiro caso em que a Google enfrenta as consequências desde os protestos anteriores.
Em comunicado, um porta-voz da Google afirma que “a justiça é absolutamente fundamental para nós e acreditamos firmemente na equidade dos nossos processos de nivelamento e compensação.” É ainda referido que “Discordamos da conclusão do júri de que a Sra. Rowe foi discriminada em razão do seu género ou que foi alvo de retaliação por ter manifestado preocupações relativamente ao seu salário, nível e género”.