Comissão Europeia pretende banir o “scroll infinito” por ser viciante
Uma das formas das redes sociais garantirem que os utilizadores passam o máximo de tempo possível nas suas plataformas passa por fornecerem conteúdos praticamente “infinitos”.
Em todas as redes sociais mais recentes, quando os utilizadores abrem a timeline principal, são apresentados com conteúdos que podem ser percorridos em “scroll” de forma praticamente infinita.
Mesmo que não se siga nenhuma conta nas plataformas, os algoritmos são capazes de fornecer conteúdos que considerem ser relevantes para cada um, fazendo com que os utilizadores permaneçam na plataforma.
Isto é conhecido como “scroll infinito”, e parece que as autoridades europeias agora encontram-se a analisar formas de evitar que as plataformas sociais o possam implementar. O Parlamento Europeu encontra-se atualmente a analisar formas de evitar que as plataformas sociais possam implementar o conhecido scroll infinito, com a ideia de evitar a dependência dos utilizadores das plataformas sociais.
A legislação em estudo aponta que as plataformas sociais possuem um alto nível de vicio para os utilizadores, e são criadas exatamente para manter os utilizadores o máximo de tempo possível dentro das mesmas. O scroll infinito é uma das práticas adotadas para tal.
A proposta deixada por vários eurodeputados da Comissão Europeia estipula que as plataformas sociais devem desenvolver os seus produtos com padrões éticos, que tenham em conta o possível vício dos utilizadores. O scroll infinito é visto como um dos problemas para tal, e como tal, será um dos focados inicialmente pelas autoridades.
A proposta sublinha ainda regras no que é referido como o “direito digital a não ser perturbado”, que iria criar regras para as plataformas de forma a não enviarem conteúdos para os utilizadores apenas com o objetivo de os manter ativos.
A nova proposta ainda se encontra em análise, mas pode ser algo que venha a ser aplicado já durante o próximo ano.