Assinar, assistir e cancelar: a nova tendência das plataformas de streaming
Existem atualmente cada vez mais plataformas de streaming, que possuem também cada vez mais conteúdos. Mas se antes era possível encontrar todos os conteúdos que se pretendiam em apenas uma plataforma, atualmente este encontra-se distribuído sobre diferentes serviços.
Isto leva a que exista uma nova tendência a surgir no mercado. Existem cada vez mais utilizadores que optam por assinar a uma plataforma de streaming, assistirem aos conteúdos que pretendem, e depois disso, cancelam a subscrição. Ou seja, apenas usam a plataforma para assistir a um conteúdo em particular, e não continuam como utilizadores regulares dessa plataforma.
De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de análise do mercado Antenna, existem cada vez mais consumidores que optam por apenas registar as suas contas num determinado serviço de streaming por um curto espaço de tempo, de forma a aproveitarem uma série ou filme que apenas se encontra acessível no mesmo.
Quando visualizam esse conteúdo, cancelam a assinatura, não se mantendo durante muito mais tempo na plataforma. Esta tendência tem sido cada vez mais frequente, e existem alguns especialistas que apontam que pode tratar-se de uma nova mudança de comportamento por parte dos consumidores.
Existem também várias razões para este ponto, e um deles pode ser o aumento de preços registado em cada vez mais plataformas de streaming, também o aperto a nível das regras contra a partilha de senhas. Muitos utilizadores consideram que não é necessário manter vários serviços de streaming ativos, e optam ou por usar apenas um, ou por adotar a técnica do registo temporário.
Uma grande parte dos utilizadores entrevistados neste estudo apontam ainda que cancelariam as suas assinaturas caso o preço final da mesma aumentasse mais de 5 dólares por mês.
A tendência de “assinar, assistir e cancelar” representa atualmente cerca de 40% de todos os cancelamentos registados nas plataformas de streaming. Esta tendência também preocupa as próprias plataformas, visto que os utilizadores acabam por não se manter fieis para o serviço.