Mozilla alerta para combate a desinformação no WhatsApp
As eleições norte-americanas encontram-se a aproximar, e com a realidade atual da internet, existe uma crescente pressão para algumas das maiores plataformas online de forma a combaterem desinformação e conteúdos enganadores que são partilhados nas mesmas.
A Meta encontra-se agora a enfrentar essa pressão por parte da Mozilla, que apela a que sejam aplicadas medidas para combater a desinformação dentro do WhatsApp. A plataforma de mensagens da Meta é uma das mais usadas para a partilha de conteúdos potencialmente enganadores sobre as eleições.
De acordo com a Mozilla, a Meta tem vindo a aplicar medidas para prevenir a divulgação destes conteúdos no Facebook e Instagram, mas não realizou as mesmas tarefas dentro da sua app de mensagens do WhatsApp.
Embora a empresa tenha apontado algumas das medidas para garantir que as suas duas plataformas sociais encontram-se preparadas para combater a desinformação, os mesmos planos não foram traçados para o WhatsApp.
A Mozilla relembra que o WhatsApp tem vindo a crescer em popularidade, e com isto, aumenta também o uso desta plataforma para a divulgação de conteúdos enganadores. Em 2020, a Meta sublinhava que o WhatsApp contava com mais de dois mil milhões de utilizadores ativos em todo o mundo – valor que aumentou consideravelmente nos anos seguintes.
Tendo em conta a dimensão da plataforma, a Mozilla questiona como é que se aplicam medidas para combater desinformação no Facebook e Instagram, mas não numa plataforma com a escala do WhatsApp.
A entidade pretende que a Meta divulgue medidas concretas que serão tomadas a par das eleições para prevenir que a app de mensagens encriptadas seja usada como palco para distribuição desses conteúdos, em alguns casos até como alternativa a plataformas sociais da própria Meta – como o Facebook e Instagram.
A ter em conta, no entanto, que a Meta aplicou ao longo dos anos medidas para prevenir a distribuição massiva de conteúdos falsos ou enganadores, entre os quais encontra-se a limitação no número de pessoas para que uma mensagem pode ser reencaminhada. Esta medida foi aplicada ainda na altura da pandemia, mas mantem-se ativa também para os tempos atuais.