CEO do Telegram acusa Signal de trabalhar com governo dos EUA
Pavel Durov, CEO do Telegram, deixou recentemente duras críticas para um dos maiores rivais da sua plataforma, o Signal. O mesmo alega que a plataforma alternativa encontra-se a trabalhar com as autoridades dos EUA, fornecendo acesso a conteúdos dos utilizadores, e que não deve ser considerada como segura.
Dentro do seu canal no Telegram, Durov deixa várias críticas contra a plataforma do Signal, sendo que uma das mais graves apontadas foi a ligação entre a plataforma e o governo dos EUA, que alegadamente teria acesso aos conteúdos das mensagens.
O Signal é uma aplicação que garante encriptar as mensagens ponta a ponta, garantindo assim que ninguém fora dos intervenientes da conversa podem ler os conteúdos das mesmas. No entanto, as declarações de Durov apontam que o Signal encontra-se a criar um sistema alternativo, que permite a terceiros – mais concretamente às autoridades dos EUA – acederem aos conteúdos das mensagens.
Estes relatos parecem ter surgido depois de uma reportagem do portal City Journal, o qual afirma que a origem do Signal encontra-se associada a um investimento de quase 3 milhões de dólares por parte do governo dos EUA, como parte do programa Open Technology Fund.
O artigo refere ainda que existe a possibilidade da Signal e do governo dos EUA estarem a trabalhar lado a lado para o desenvolvimento desta plataforma, dando assim acesso das autoridades a qualquer conteúdo dentro da mesma.
Este artigo parece ter sido a origem das declarações agora de Durov. O mesmo afirma ainda que o Signal tem vindo a surgir em alguns casos nos tribunais, com conteúdos de mensagens a serem identificados no mesmo, exatamente por causa desta falta de encriptação dos conteúdos para as autoridades dos EUA.
Até ao momento, não existe nenhuma confirmação direta que comprove as declarações de Durov. Não existem igualmente registos de casos onde mensagens do Signal tenham sido comprometidas por falha direta da plataforma, ou acesso de terceiros a conteúdos das mensagens.
Na maioria dos casos onde mensagens da plataforma surgem relatadas, estas foram recolhidas de dispositivos apreendidos pelas autoridades, e onde conversas estariam guardadas.