Meta revela campanha de desinformação com centenas de falsas contas
A Meta confirmou ter descoberto que uma firma de publicidade, sediada em Israel, encontra-se a usar as suas plataformas sociais para distribuir conteúdo de influencia e de informação pela sua plataforma.
De acordo com o relatório mais recente da Meta, a empresa estaria a usar o Facebook e Instagram para criar centenas de contas falsas, que eram depois usadas para distribuir conteúdos enganadores ou falsos sobre a guerra em Israel.
No total, foram identificadas 510 contas falsas, 11 páginas, 32 contas do Instagram e um grupo que era usado para a distribuição destes conteúdos. Foram ainda registadas dezenas de outros perfis falsos criados pela entidade para ampliar o alcance dos mesmos.
As contas eram usadas para distribuir publicações sobre os militares de Israel, e criticando a United Nations Relief and Works Agency (UNRWA) e os protestos dos estudantes. Eram ainda usadas para partilhar conteúdo radicar do Islão e comentários de ódio pela plataforma.
Os investigadores da Meta afirmam que as campanhas foram distribuídas por uma empresa conhecida como “STOIC”, com sede em Israel. Esta empresa terá ainda mantido as mesmas campanhas em outras plataformas sociais, como a X e Youtube.
Segundo a Meta, a campanha foi descoberta antes de conseguir atingir um grande público e muitos dos perfis falsos foram desativados pelos sistemas automáticos da empresa. Os perfis alcançaram cerca de 500 seguidores no Facebook e cerca de 2.000 no Instagram.
O relatório também aponta que as pessoas por trás das contas pareciam usar ferramentas de IA generativa para escrever muitos dos seus comentários nas páginas de políticos, organizações de imprensa e outras figuras públicas. “Esses comentários geralmente tinham links para os sites das operações, mas muitas vezes eram recebidos com respostas críticas de utilizadores autênticos, que os chamavam de propaganda,” disse David Agranovich, diretor de política para a interrupção de ameaças da Meta, durante um briefing com repórteres. “Até agora, não vimos táticas novas impulsionadas por IA generativa que pudessem impedir a nossa capacidade de interromper as redes adversárias por trás delas.”