OpenAI teria acordo especial para funcionários que saiam da empresa
A OpenAI estaria a negociar com funcionários despedidos da empresa termos que eram vistos como abusivos. A empresa estaria a dar a possibilidade dos ex-funcionários manterem as suas quotas de ações na empresa, caso assinassem um acordo para não divulgar dados sobre a mesma publicamente depois de saírem.
De acordo com o portal Vox, que analisou alguns dos documentos em causa, a OpenAI estaria a aplicar acordos com os funcionários que seriam despedidos da empresa, onde estes teriam de manter a promessa de não revelarem detalhes da empresa depois de saírem da mesma, ou perderiam acesso a todas as ações que teriam desta – que tendo em conta o crescimento da OpenAI nos últimos tempos, poderiam valer milhares de dólares.
Estas indicações foram, mais tarde, confirmadas por Sam Altman, CEO da OpenAI, que se demonstrou desagradado com as mesmas. Segundo Altman, a medida estaria efetivamente a ser aplicada pela empresa, mas não terá sido aplicada a nenhum funcionários e ex-funcionário da mesma. Além disso, não foram retiradas ações dos funcionários por alguma vez terem partilhado informações da empresa depois de saírem.
Altman demonstrou-se ainda embaraçado por esta situação, referindo que seria uma politica antiga que nunca foi aplicada, nem modificada, desde os primeiros dias da OpenAI.
Apesar destas indicações, pelo menos um funcionário parece ter sido realmente afetado. Daniel Kokotajlo confirmou que teve de perder a sua quota de ações na empresa, por não concordar com a medida da OpenAI e por não ter assinado o acordo.
Altman afirmou na sua mensagem que a política de saída da empresa vai ser alterada, e que se algum funcionário foi afetado pode entrar em contacto direto com o mesmo para remediar a situação.
Esta é mais uma situação algo controversa a envolver a OpenAI, relativamente a algumas das suas ações nos últimos meses. De relembrar que, faz menos de seis meses, a mesma teve problemas na direção depois de ter sido aprovada a saída de Altman do cargo de CEO. O mesmo voltaria ao cargo seis dias depois, por pressão dos funcionários.