Ex-funcionário da Amazon acusa empresa de vender dados de reconhecimento facial à Rússia
Um antigo funcionário da Amazon encontra-se a acusar a empresa de violar as leis do Reino Unido, derivado da venda de informação de sistemas de reconhecimento facial para empresas relacionadas com a Rússia.
De acordo com o The Financial Times, Charles Forrest alega ter sido injustamente despedido do seu posto na Amazon, em 2023, depois de ter acusado a empresa de violar algumas leis do Reino Unido entre Novembro de 2022 e Maio de 2023, no que respeita à recolha e venda de dados de reconhecimento facial.
O caso chegou agora aos tribunais, onde o ex-funcionário acusa a Amazon de não usar corretamente os dados recolhidos via sistemas de reconhecimento facial. Forrest afirma que a Amazon possui vários acordos com a empresa russa “VisionLabs”, no sentido de vender dados de reconhecimento facial para a mesma, através de uma empresa fictícia sediada nos Países baixos.
O mesmo acusa ainda a empresa de violar várias leis do Reino Unido, ao vender este género de dados sensíveis para uma empresa sediada na Rússia, apesar de todas as sanções aplicadas contra o pais desde a invasão da Ucrânia.
Em comunicado, a Amazon já veio negar todas as acusações, indicando que as acusações não possuem qualquer mérito, e que tal será defendido em tribunal. A empresa alega que não existe qualquer registou ou venda de dados para a VisionLabs, através das plataformas da empresa ou usando dados da mesma.
A empresa indica ainda que Forrest foi despedido depois de ter falhado de forma grosseira as suas obrigações contratuais, nomeadamente na recusa a trabalhar as horas necessárias e falhas na resposta a emails dos superiores ou em comparecer em várias reuniões internas.