Governo dos EUA acusa formalmente executivos da Kaspersky

Governo dos EUA acusa formalmente executivos da Kaspersky

Depois de, durante o dia de ontem, o governo dos EUA ter confirmado que iria começar a aplicar sanções à Kaspersky, incluindo o bloqueio das vendas do software da empresa nos EUA, agora chegam novas informações sobre o caso.

As autoridades governamentais lançaram esta sexta-feira sanções contra 12 executivos da Kaspersky, alegadamente pelas suas medidas dentro da empresa e possíveis ligações com o governo russo – que se encontra atualmente com sanções impostas por parte dos EUA.

Segundo o comunicado das autoridades, os doze executivos foram indicados na mensagem do governo como forma de proteger os utilizadores em geral da internet.

“Hoje, a ação contra a liderança da Kaspersky Lab sublinha o nosso compromisso em garantir a integridade do nosso domínio cibernético e proteger os nossos cidadãos contra ameaças cibernéticas maliciosas,” disse o Subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian E. Nelson, no comunicado de imprensa. “Os Estados Unidos tomarão medidas quando necessário para responsabilizar aqueles que procuram facilitar ou habilitar estas atividades.”

A lista integra alguns dos executivos de topo da empresa de segurança, incluindo Andrei Anatolyevich Efremov e Igor Gennadyevich Chekunov. Da lista não se integra Eugene Kaspersky, fundador e chefe executivo da empresa, não tendo sido deixados detalhes do motivo deste não ter sido indiciado.

Em todo o caso, as sanções aplicadas pelo governo dos EUA à empresa de segurança certamente terão impacto nos clientes da mesma e nas atividades feitas dentro dos EUA, tendo em conta que a Kaspersky fica banida do pais, e deixa de poder vender produtos no mesmo.

De relembrar que o bloqueio vai começar a ser aplicado a 20 de Julho, sendo que a empresa ainda pode fornecer atualizações para os clientes atuais até 29 de Setembro. Nesta altura, todas as atividades da empresa em solo americano devem ser suspensas, deixando também os clientes da mesma sem acesso às ferramentas de segurança desta.