Meta foi obrigada a censurar conteúdos pela Casa Branca durante a pandemia
Durante a pandemia, várias plataformas sociais tiveram de alterar as suas regras para prevenir a propagação de conteúdos enganadores ou falsos sobre a mesma. O Facebook foi certamente uma delas, sendo que agora surgem mais informações sobre os processos que a empresa teve de realizar na altura.
De acordo com o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, o mesmo admitiu que a Meta foi fortemente pressionada por funcionários da Casa Branca, nos EUA, para censurar um conjunto de conteúdos partilhados na plataforma durante a pandemia.
Numa carta enviada para a câmara de deputados dos EUA, Zuckerberg afirma que não voltaria a repetir as ações que foram pedidas na altura, e lamenta não ter falado sobre o assunto antes. O mesmo indica que a empresa foi fortemente pressionada para remover conteúdos do Facebook, Instagram e WhatsApp, sem poder questionar as medidas.
Entre os conteúdos que teriam sido censurados encontram-se publicações de humor ou sátira, que estariam a ser contraditórias. Ao mesmo tempo, o CEO afirma ainda que as medidas terão sido aplicadas sem que a empresa pudesse questionar as mesmas, por vezes até com as próprias equipas da Meta a discordar da decisão de remover o conteúdo.
Zuckerberg afirma ainda considerar que a pressão aplicada pelo governo na altura estaria errada, e que a Meta errou em alguns casos, culpando-se por não ter falado abertamente de tal na altura.
Na mesma carta, Zuckerberg afirma ainda que não vai realizar doações políticas este ano, depois de críticas feitas ao mesmo em 2020.