Modelo de IA nacional vai chamar-se de “Amália”
O modelo LLM que tinha sido confirmado pelo governo durante a Web Summit teve agora o seu nome oficialmente revelado: Amália.
No passado dia 11 de Novembro, durante a abertura da Web Summit, o primeiro ministro anunciou que Portugal iria ter o seu próprio modelo de IA. Na altura, os detalhes sobre o mesmo não foram revelados, mas agora, surgem novas informações.
Paulo Dimas, presidente executivo (CEO) do Centro para a AI Responsável, confirmou à agência Lusa que o novo modelo LLM nacional vai ser apelidado de Amália, e terá o lançamento programado para 2026. Este projeto vai envolver o Centro para a AI Responsável, a Nova FCT e o Instituto Superior Técnico.
O mesmo afirma que o modelo não será lançado com todas as suas capacidades inicialmente, e que não será uma versão perfeita, embora se espere que venha a ser melhorado com o tempo. Durante os meses que antecedem o lançamento oficial, melhorias serão feitas para otimizar as tarefas do mesmo.
O projeto terá três pontos fundamentais: a variante linguística em português de Portugal, a representatividade cultural e a proteção dos dados. Espera-se que os primeiros detalhes comecem a surgir durante o primeiro semestre de 2025, mas o lançamento final apenas está previsto para 2026.
O executivo afirma que “Vamos estar a trabalhar em cima de trabalho já desenvolvido por estes centros de investigação: portanto, há trabalho de vários anos nesta área, tanto na área dos dados para a língua portuguesa, trabalho feito pelo centro de investigação da Nova Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), há trabalho feito também no âmbito do Técnico” e “também há trabalho que vai ser transferido do lado da Unbabel, por toda a experiência” que a tecnológica “tem a criar modelos multilíngue e modelos que estão sendo, neste momento, treinados em supercomputadores”.
Obviamente, o nome do modelo teve como inspiração a cantora de fado nacional mais reconhecida de todos os tempos, e que é transversal a outros países.
Espera-se que o modelo possa vir a ser integrado em vários projetos, e poderá ajudar a modernizar algumas das plataformas e serviços existentes, sobretudo a nível do governo e do setor da Administração Pública.