Amazon enfrenta novo caso nos tribunais por recolha de informação biométrica nas lojas Go
A Amazon foi uma das primeiras empresas a apostar no formato de lojas sem qualquer género de funcionário, onde os utilizadores poderiam entrar, realizar as compras que pretenderiam, e simplesmente sair da mesma, sendo todo o pagamento feito diretamente pelas suas contas da Amazon.
No entanto, em meados de 2021, em Nova Iorque, foi aprovada uma nova legislação que também requeria às empresas, quando estas recolhessem dados biométricos dos utilizadores, alertarem os clientes de tais práticas. Isto inclui o reconhecimento facial dentro das instalações das empresas, ou de impressões digitais. E esta lei pode ser agora o que se encontra a causar problemas para a Amazon.
A empresa encontra-se a ser acusada de usar as suas lojas Go, em Nova Iorque, violando a lei. Em causa encontra-se o facto que as lojas estariam a recolher informação dos seus visitantes e clientes, sem dar conhecimento aos mesmos que essa informação teria sido recolhida.
Em causa encontra-se os sistemas que a Amazon usava nestas lojas, para seguir os utilizadores dentro das mesmas, e que estaria a recolher mais informação do que deveria para a empresa – sem que os mesmos tivessem conhecimento.
A acusação aponta ainda que a Amazon, apesar de ter começado a informar os clientes sobre a recolha de dados biométricos, apenas o fez cerca de um ano depois de a lei ter começado a ser aplicada. Portanto, durante esse período, a recolha dos dados terá sido feita de forma ilegal, segundo a acusação.
De relembrar que as Amazon Go eram lojas nos EUA, onde os utilizadores da Amazon podiam simplesmente entrar, retirar os produtos que queriam e sair. Todos os pagamentos eram feitos diretamente das suas apps e das contas da Amazon.
No entanto, a Amazon defende-se destas acusações, indicando que os consumidores poderiam controlar se pretenderiam ou não a recolha dessas informações. De acordo com a NBC News, um porta-voz da Amazon afirma que a empresa daria aos utilizadores o consentimento para terem o scan de algumas informações biométricas quando fossem às lojas da empresa – e que essa funcionalidade não se encontrava ativa por padrão – para personalizar as suas experiências dentro das lojas.
Ao mesmo tempo, a empresa refere que algumas informações dos utilizadores eram recolhidas quando estes se encontravam nas lojas, nomeadamente dados como o tipo de corpo, altura e outros dados. No entanto, essa informação era tratada diretamente pela empresa com o consentimento dos utilizadores.
No final, a questão deve ser resolvida sob se o tribunal agora responsável pelo caso considera que informações como a altura e a estrutura do corpo são considerados objetos de identificação biométrica ou não.