Twitter gera cada vez menos tráfego para sites de noticias
O Twitter tem vindo a passar por várias mudanças nos últimos tempos, sob a nova gestão de Elon Musk. No entanto, estas mudanças estão a prejudicar sobretudo algumas plataformas que usam a plataforma social para partilhar conteúdos no dia a dia.
Para fontes de notícias, apesar de o Twitter sempre ter sido uma plataforma bastante ativa neste formato de conteúdos, a interação real com artigos e entidades sempre se manteve em valores reduzidos. No entanto, os dados parecem comprovar que desde a entrada de Elon Musk na plataforma, estão cada vez piores.
De acordo com um estudo da empresa Chartbeat, em abril de 2018, cerca de 1.9% do tráfego de sites de notícias tinha como origem o Twitter. No entanto, este valor caiu para menos de 1.2% em Abril de 2023, com picos mínimos de 1.1% em Fevereiro do mesmo ano.
Na realidade, este impacto será ainda mais significativo para fontes de notícias com um volume relativamente pequeno de visitas. Em abril de 2018, os editores com menos de 10.000 visualizações de páginas por dia, e num total de 486 contas analisadas, tinham 10.1 milhões de pageviews originárias do Twitter.
Este valor caiu para apenas 186.930 visualizações no mês de Abril de 2023, o que representa uma queda de quase 98%. E a tendência será de piorar consideravelmente mais daqui em diante.
Apesar de o Twitter ser visto como uma plataforma usada para partilha rápida de informações, o número de utilizadores a partilharem ou interagirem com conteúdos de notícias é decrescente, e este valor parece ter vindo a cair consideravelmente desde que Elon Musk se encontra na frente da empresa. No entanto, as quedas de visualizações para conteúdos de notícias no Twitter já se encontravam antes mesmo de Musk entrar na direção da empresa.
Em contrapartida, o Facebook continua a ser a principal fonte de origem para visitas em portais de notícias, sendo que 12.68% do tráfego em sites de noticias era originário deste portal. Este valor representa um ligeiro aumento face aos 11.96% de 2021 e 13.01% em 2020.