New York Times impede a recolha de dados para treino de modelos de IA
Com a propagação de tecnologias de Inteligência Artificial cada vez mais frequente, existem diversas entidades que se encontram a preparar para a forma como os seus conteúdos são recolhidos e usados para o treino destes sistemas.
Isto inclui algumas fontes de informação, como portais de notícias. E agora, uma das publicações mais reconhecidas no meio, a The New York Times, confirmou que vai aplicar limitações na forma como os seus conteúdos podem ser usados para o treino de modelos de IA.
De acordo com o portal Adweek, o NYT atualizou recentemente os seus termos de serviço, focando-se na forma como os seus conteúdos podem ser usados. De acordo com os novos termos, os conteúdos da plataforma, incluído texto, imagem e vídeos, não podem ser agora usados para treinos de modelos de IA no mercado.
Ao mesmo tempo, os termos afirmam ainda que ferramentas para o “scan” de conteúdos nos sites não podem ser usados sem a permissão da entidade. A empresa afirma que, caso identifique a prática sobre os seus conteúdos, poderão ser aplicadas medidas legais e penalizações.
Esta alteração dos termos pode ter sido aplicada devido à recente indicação da Google que iria começar a recolher dados da internet para treinar os seus modelos de IA, nomeadamente do Bard. No entanto, esta medida levanta também algumas questões a nível dos direitos de autor dos conteúdos recolhidos e do que seja criado como derivação dos mesmos.
A ter em conta que, recentemente, o NYT assinou um novo acordo com a Google, de forma a distribuir os conteúdos da entidade sobre os vários serviços da Google durante os próximos três anos – não se conhece se existe algum acordo feito para o treino de modelos de IA.
Ao mesmo tempo, a OpenAI também revelou recentemente que vai começar a permitir aos operadores de websites bloquearem o bot usado pelo ChatGPT para a recolha de informações, facilitando a tarefa dos administradores de sites de evitarem que os seus conteúdos sejam usados para treino de IA.