Meta processada por permitir publicidade maliciosa sobre criptomoedas
A Meta parece não conseguir manter-se longe dos tribunais. Recentemente a empresa teve uma forte multa por violar algumas legislações do RGPD na União Europeia, e agora surgem novas informações que a empresa pode estar novamente em problemas devido às criptomoedas.
Mais concretamente, a empresa encontra-se agora a ser acusada de permitir que a sua plataforma de publicidade fosse usada para propagar esquemas relacionados com criptomoedas.
A autoridade australiana de proteção dos direitos dos consumidores (ACCC) confirmou que vai processar a Meta por esta permitir que seja possível enviar publicidade maliciosa sobre criptomoedas para a mesma.
O esquema envolvia várias publicações que tinham celebridades reconhecidas no mercado e que estariam a propagar esquemas relacionados com as criptomoedas, onde os utilizadores eram incentivados a enviarem pagamentos para carteiras especificas, na esperança de obterem retornos elevados.
Nenhuma das celebridades presentes na publicidade maliciosa teria autorizado o uso das suas imagens para tal efeito, mas isso não impediu as autoridades australianas de lançarem o caso em tribunal.
Acredita-se que o esquema tenha levado a perdas na ordem dos milhões de dólares. Um dos exemplos reportados pelas autoridades indicam um caso de uma pessoa que terá perdido mais de 480.000 dólares.
A ACCC alega que a Meta tinha conhecimento da existência da publicidade maliciosa na sua plataforma, tendo sido alertada várias vezes da mesma, mas recusado a remoção dos conteúdos. A entidade alega mesmo que os algoritmos da Meta estavam a propagar o esquema “demasiado bem”, para o publico alvo que era suposto.
Em resposta a esta acusação, a Meta afirma que não pretende que a sua plataforma de publicidade seja usada para este género de esquemas, e que possui sistemas para identificar estes casos. No entanto, a empresa afirma que irá trabalhar com a ACCC para chegar a um consenso sobre o caso.