Twitter pode tomar medidas para se defender da compra de Elon Musk

A proposta de compra do Twitter por Elon Musk tem vindo a ser alvo de críticas não apenas pela comunidade, mas também pelos próprios investidores da plataforma. Além da mesma ter sido feita de forma inesperada, surge também numa altura em que a plataforma se encontra em crescimento.

Muitos dos investidores do Twitter já deixaram claro que não iriam concordar com a compra, e agora podem ser realizadas medidas que distanciam ainda mais essa possibilidade para Musk.

De acordo com o comunicado do Twitter, o grupo de investidores da empresa irá por em marcha o Plano de Direitos, uma lei que permite aos investidores da empresa protegerem os seus interesses financeiros na mesmas – e que pode limitar consideravelmente o que Elon Musk pretenda realizar da plataforma.

Apesar de o nome de Elon Musk não ter sido referido no comunicado, claramente este foca-se na recente proposta que o milionário deixou para o serviço.

Basicamente, este plano dá mais controlo para os investidores da empresa, ao mesmo tempo que limita a possibilidade de terceiros realizarem a compra completa da mesma. De forma simplificada, por uma duração de tempo, os acionistas do Twitter podem comprar mais ações da empresa a custos mais reduzidos. Se um dos investidores ultrapassar um determinado limite – neste caso, de 15% – os restantes acionistas podem comprar mais ações da empresa.

O objetivo será evitar que um acionista possa comprar mais do que 15% da marca, ou pelo menos evitar que tal seja realizado sem permitir também que outros acionistas possam voltar a comprar mais ações, elevando ainda mais a sua participação da empresa.

Se esta medida for realmente aplicada, a mesma iria manter-se ativa até 14 de Abril de 2023 – por um ano.

Certamente, se a administração do Twitter assim o entender, ainda se poderá realizar a votação para avaliar se a compra por Elon Musk deve ou não ser realizada – neste caso, aprovar a compra de mais de 15% da empresa por parte do milionário.