Venda de bilhetes para os Coldplay: crimes e esquemas inundam o mercado paralelo
O concerto dos Coldplay em Coimbra tem vindo a ser uma verdadeira corrida para as bilheteiras. A própria organização do evento já veio confirmar que este é um dos concertos com maior afluência e interesse por parte dos utilizadores em geral.
As longas filas de espera, tanto físicas como virtuais, acabam por levar os utilizadores a ficarem horas à espera para terem a oportunidade de comprar um bilhete, mas infelizmente, existe uma grande quantidade de utilizadores que acabam por não ter a possibilidade de comprar os mesmos, com o stock a esgotar-se rapidamente.
Isto tende a abrir uma alternativa para a compra dos bilhetes em mercados paralelos, algo que para este concerto, já se encontra a verificar. Por sites como o OLX ou grupos específicos de venda de bilhetes no Facebook, existem já utilizadores que se encontram a vender bilhetes para o concerto.
No entanto, se está a pensar optar por este meio, tenha atenção: pode estar a incorrer num crime ou num esquema.
Antes de mais, a venda de bilhetes por um preço mais elevado do que os de venda é sancionado pela lei portuguesa, sendo um crime de especulação segundo o artigo 35.º do Decreto-lei n.º 28/84, de 20 de Janeiro. Este crime encontra-se punível com uma pena de prisão de 6 meses a 3 anos e multa não inferior a 100 dias.
Apesar de estas medidas serem aplicadas ao vendedor, o comprador, ao participar no ato, encontra-se também a contribuir para a atividade ilegal. Qualquer bilhete que esteja a ser vendido por um preço superior ao de compra, mesmo que seja apenas um euro, encontra-se a ser realizado em formato de crime.
No segundo ponto encontra-se o elevado uso deste formato de vendas para esquemas. Em muitas situações, mesmo que a venda do bilhete não seja feita sobre valores elevados, existe quem tente tirar proveito para enganar potenciais vítimas na compra dos mesmos. Nestes casos, depois de ser feito o pagamento, a vítima acaba por não receber o mesmo.
É importante relembrar que apenas bilhetes vendidos pelos meios oficiais dos organizadores dos eventos são considerados válidos, e os mercados paralelos contribuem para aumentar os esquemas, por vezes levando a largas perdas, ou a crimes.