Minecraft é o jogo mais usado para distribuir malware
O Minecraft é um dos videojogos mais reconhecidos de todos os tempos. Afinal de contas, o jogo ainda é usado todos os dias por milhares de jogadores em todo o mundo. No entanto, esta popularidade também atrai quem tenta aproveitar-se do nome para alguns esquemas.
De acordo com um recente relatório da empresa de segurança Kaspersky, o Minecraft é um dos jogos mais vezes usados com o seu nome associado aos mais variados esquemas ou utilizado para distribuir malware.
Segundo os dados da empresa, analisados entre Julho de 2021 e Julho de 2022, cerca de 25% dos ficheiros maliciosos distribuídos por conteúdos associados a videojogos diziam respeito ao Minecraft. Estes incluem conteúdos como mods, cheats ou outros itens para o jogo que integram malware.
Da lista faz ainda parte o FIFA, com 11%, seguindo-se Roblox (9.5%), Far Cry (9.4%), e Call of Duty (9%). Outros títulos que também fazem parte desta lista, e será importante ter em conta, será Need for Speed, Grand Theft Auto, Valorant, The Sims e GS:GO.
A nível de malware focado para dispositivos móveis, a distribuição de malware neste espaço é relativamente mais pequena em comparação com computadores. No entanto, Minecraft continua a liderar também esta tabela, com 40%. Segue-se ainda GTA (15%), PUBG (10%), Roblox (10%), e FIFA (5%).
Curiosamente, durante este período registou-se uma queda tanto na distribuição de malware como nos utilizadores efetivamente afetados em esquemas associados com este género de malware.
Em parte, a distribuição de malware por estes grupos de utilizadores foca-se em quem procura conteúdos que são normalmente adições para os jogos regulares. Aqui inclui-se conteúdos como mods, programas de modificação para os títulos, de cheats ou de outros temas relacionados aos mesmos. Na procura por estes conteúdos, os utilizadores são enganados a instalarem nos seus sistemas algo que, no final, se revela não ser verdadeiro.
Em alguns casos, os esquemas acontecem também em plataformas online, como é o caso de falsos websites para a venda de skins – sobretudo para CS:GO, onde esta prática é mais realizada – e onde o objetivo acaba por ser roubar as contas da Steam associadas.