Jogos antigos da Nintendo podem ser usados para ataques
Praticamente todas as consolas atuais contam com sistemas operativos dedicados, que são criados exclusivamente para a consola e muitas vezes fechados para impedir modificações não autorizadas – ou simplesmente garantir a proteção do código fonte do mesmo.
No entanto, foi recentemente descoberta uma falha em vários jogos das consolas da Nintendo, que se explorada, pode permitir a terceiros obterem total controlo do sistema da consola. Se isto é grave do ponto de vista da segurança, será ainda mais se pensarmos que as consolas tendem a ter cada vez mais dados pessoais guardadas na mesma – como dados de pagamento ou outro género de informações privadas.
A falha foi conhecida como “ENLBufferPwn“, e encontra-se em vários títulos antigos da Nintendo. Se explorada, usando estes jogos, os atacantes podem obter permissões administrativas do sistema, e basicamente, terem acesso completo ao mesmo para os mais variados fins.
Com este acesso, os atacantes podem ainda obter dados pessoais que tenham sido guardados na consola, como é o caso de dados de pagamento de jogos. A falha encontra-se em alguns dos títulos mais antigos da consola, sendo um dos exemplos o Mario Kart 7.
Apesar de ainda não existir nenhuma confirmação da Nintendo sobre a falha, a empresa parece já estar ciente do problema. Isto pode ter sido confirmado com uma recente atualização que foi fornecida para o Mario Kart 7 – depois de quase dez anos sem qualquer atualização.
De notar que esta falha pode ser explorada também em alguns títulos da Nintendo Switch, que será a consola mais recente da Nintendo no mercado, e que pode portanto comprometer informações das mesmas. Entre os jogos afetados nesta consola encontra-se Mario Kart 8 Deluxe, ARMS, Splatoon 2/3, Super Mario Maker 2, Animal Crossing: New Horizons e Nintendo Switch Sports.
No caso da 3DS foi confirmada a falha no Mario Kart 7, enquanto que na Wii U foi confirmado em Splatoon e Mario Kart 8.
Como referido anteriormente, a Nintendo não confirmou oficialmente a falha, mas tendo em conta que os jogos afetados encontram-se a receber atualizações, é possível que a empresa lance primeiro as mesmas antes de confirmar a existência de vulnerabilidades.