Categoria: GDPR

  • WorldCoin vai contestar suspensão temporária em Espanha

    WorldCoin vai contestar suspensão temporária em Espanha

    WorldCoin vai contestar suspensão temporária em Espanha

    Durante esta semana, as autoridades em Espanha confirmaram a medida de suspensão das atividades da WorldCoin no pais, e agora a empresa confirma que vai começar o ataque contra esta suspensão.

    No início da semana, as autoridades de proteção de dados em Espanha suspenderam de forma imediata todas as atividades da WorldCoin. A ordem, por parte da AEPD, obrigava a empresa a suspender temporariamente todas as suas atividades, nomeadamente a recolha de dados pessoais para o uso da plataforma.

    A AEPD usou o artigo 66 do RGPD para aplicar medidas imediatas e urgentes, com vista a garantir a proteção dos dados dos consumidores, enquanto se averigua a recolha dos dados e se estas violam as leis europeias. As autoridades afirmam que terão aplicado esta medida depois de terem recebido várias queixas dos consumidores sobre a recolha de elevados dados pessoais e da falta de controlo dos mesmos.

    Estas ordens de suspensão das atividades podem ser mantidas durante três meses, sendo aplicadas em situações onde exista a necessidade de uma investigação mais aprofundada das práticas, mas exista um elevado risco para a privacidade e segurança dos dados.

    Ao portal TechCrunch, uma porta voz da WorldCoin, Rebecca Hahn, afirma que a empresa vai recorrer da decisão de suspender as atividades por parte das autoridades em Espanha. Ao mesmo tempo, a empresa confirma que, embora discorde da decisão, suspendeu todas as atividades em Espanha por agora.

    A empresa afirma que os sistemas usados pela WorldCoin, nomeadamente na recolha da iris dos utilizadores, encontra-se dentro dos termos do RGPD na União Europeia. A empresa sublinha ainda que todos os dados dos clientes encontram-se seguros e em total controlo dos mesmos.

    Segundo o comunicado, a empresa afirma que “A Worldcoin está em total conformidade com todas as leis e regulamentos que regem a recolha de dados biométricos e a transferência de dados, incluindo o Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa (“GDPR”). Como tal, temos mantido um diálogo consistente e contínuo com nossa principal Autoridade de Privacidade de Dados na UE, a BayLDA, há meses. Ficámos desiludidos com o facto de o regulador espanhol ter contornado o processo e as regras aceites na UE, o que nos deixa poucos recursos para além de interpor uma ação judicial.”

    A empresa deve agora avançar com as medidas para contestar a suspensão temporária das autoridades em Espanha. Até ao momento ainda não existe uma confirmação das autoridades sobre os próximos passos da investigação.

  • 6 milhões de cartões bancários roubados descobertos na dark web

    6 milhões de cartões bancários roubados descobertos na dark web

    6 milhões de cartões bancários roubados descobertos na dark web

    Os roubos de cartões bancários são a prática mais regular de ocorrer em esquemas de phishing e burlas, onde os criminosos passam a obter acesso aos dados necessários para usarem os cartões em pagamentos diversos.

    Recentemente, os investigadores da empresa NordVPN confirmaram ter identificado mais de 6 milhões de cartões bancário roubados, que se encontravam disponíveis na dark web. Dois em cada três cartões vinham acompanhados de pelo menos alguma informação privada, tais como morada, número de telemóvel, endereço de e-mail, ou NISS.

    Um total de 8,288 cartões analisados pertencem a portugueses, fazendo com que Portugal seja o nono país europeu mais afetado. Os investigadores estimam que o preço médio de cartões portugueses na dark web seja de €10.1 (média global – €6.37). Os cartões de débito portugueses são propensos a fraudes: Segundo o índice de risco de fraude de cartão da NordVPN, o risco de fraude dos cartões é de 0.51 numa escala de 0 a 1.

    “Os cartões que os investigadores encontraram são apenas a ponta do icebergue. A informação vendida com estes cartões faz com que tudo seja mais perigoso,” diz Adrianus Warmenhoven, um especialista em cibersegurança da NordVPN.

    “No passado, as fraudes de cartão de débito estavam associadas a ataques de força bruta—quando um criminoso tenta adivinhar o número e CVV de um cartão de débito para o usar. Contudo, a maioria dos cartões que encontrámos estavam acompanhados com o e-mail e morada das vítimas, informação impossível de obter por meio de força bruta. Podemos assim concluir que foram roubados por via de métodos mais sofisticados, como phishing ou malware.”

    Se vendessem toda a base de dados analisada na pesquisa, os cibercriminosos poderiam fazer um total €16.8 milhões. Caso adquiridos, estes cartões renderia aos criminosos muito mais do que o valor investido. 6,414 dos cartões de débito à venda incluíam as moradas dos seus donos, e quase 6,000 vinham com o número de telemóvel.

    Se uma brecha de informação ou ataque informático expõe detalhes dos cartões dos utilizadores, pode dar origem a usurpo de identidade. Assim que o criminoso obtiver o nome, a morada, e o endereço de e-mail da vítima, pode mesmo abusar de métodos legais (como usar o GDPR para aceder a ainda mais informações pessoais) para desenvolver o esquema de usurpo de identidade ou outras práticas criminosas.

    O Reino Unido foi afetado com o roubo de 164,143 cartões de débito, sendo assim o terceiro país mais afetado do mundo, e o primeiro mais afetado da Europa. França foi o segundo país mais afetado da Europa e o mais afetado da União Europeia, com quase 100 mil cartões de débito roubados.

    Com base nas suas descobertas, os investigadores NordVPN calcularam o risco posado por fraude de cartão e outros ciberataques em 98 países. Malta, Austrália, e a Nova Zelândia surgem no topo, sendo que Portugal é o 46.º

    No outro lado do espetro, a Rússia tem o risco mais baixo, e a China é o terceiro país a contar do fim. Estas descobertas parecem confirmar teses relativas às localizações de operações de cibercrime à larga escala e ao targeting propositado de países anglo-europeus.

    Mais de metade dos 6 milhões de cartões roubados que foram analisados vieram dos Estados Unidos, muito provavelmente pela sua taxa de penetração de cartões, população numerosa, e forte economia. Contudo, os cartões americanos roubados contavam com um preço relativamente baixo (€6.24, menos do que a média global de €6.37) nos mercados da dark web — os cartões mais valiosos (com uma média de €10.50) eram da Dinamarca.

    “Menos criminosos usam força bruta para roubar informação de cartões de débito. Isto significa que as suas técnicas estão a tornar-se mais sofisticadas. No entanto, também significa que pessoas informadas têm menos hipóteses de ser afetadas,” diz Adrianus Warmenhoven.

  • Malware explora falhas em plugins de sites WordPress desatualizados

    Malware explora falhas em plugins de sites WordPress desatualizados

    Malware explora falhas em plugins de sites WordPress desatualizados

    Um malware foi recentemente descoberto para sistemas Linux, que explora falhas sobre diversos plugins do WordPress para obter acesso à instalação, e a partir dai redirecionar os visitantes dos sites para esquemas diversos.

    De acordo com os investigadores da empresa de segurança Dr.Web, foi recentemente descoberto um malware que explora falhas em instalações desatualizadas de aproximadamente 30 plugins e temas do WordPress, com foco em obter acesso à instalação e ao sistema onde as mesmas se encontrem.

    Depois de obter acesso às instalações do WordPress vulneráveis, o malware procede com a injeção de javascript sobre o site, que envia e recebe comandos de um sistema remoto. No final, o malware procede com o redirecionamento de utilizadores que acedem aos sites para locais aleatórios, onde são levados a novos esquemas.

    Este género de ataques tende a afetar, sobretudo, sites que tenham sido abandonados ou usados para testes, mas também pode afetar sites onde os administradores não realizam a atualização dos seus plugins com regularidade.

    Este malware tenta explorar falhas sobre instalações desatualizadas dos seguintes plugins:

    • WP Live Chat Support Plugin
    • WordPress – Yuzo Related Posts
    • Yellow Pencil Visual Theme Customizer Plugin
    • Easysmtp
    • WP GDPR Compliance Plugin
    • Newspaper Theme on WordPress Access Control (CVE-2016-10972)
    • Thim Core
    • Google Code Inserter
    • Total Donations Plugin
    • Post Custom Templates Lite
    • WP Quick Booking Manager
    • Faceboor Live Chat by Zotabox
    • Blog Designer WordPress Plugin
    • WordPress Ultimate FAQ (CVE-2019-17232 and CVE-2019-17233)
    • WP-Matomo Integration (WP-Piwik)
    • WordPress ND Shortcodes For Visual Composer
    • WP Live Chat
    • Coming Soon Page and Maintenance Mode
    • Hybrid
    • Brizy WordPress Plugin
    • FV Flowplayer Video Player
    • WooCommerce
    • WordPress Coming Soon Page
    • WordPress theme OneTone
    • Simple Fields WordPress Plugin
    • WordPress Delucks SEO plugin
    • Poll, Survey, Form & Quiz Maker by OpinionStage
    • Social Metrics Tracker
    • WPeMatico RSS Feed Fetcher
    • Rich Reviews plugin

    É importante notar que este malware tenta explorar as falhas sobre plugins desatualizados, pelo que os utilizadores são aconselhados a manterem as suas instalações atualizadas para evitarem a exploração.

    No entanto, alguns dos plugins em questão não se encontram também a ser atualizados de forma regular, o que deixa em aberto a possibilidade de o ataque ser realizado sobre os mesmos.

  • Google Analytics considerado ilegal pelas Autoridades de Proteção de Dados na Dinamarca

    Google Analytics considerado ilegal pelas Autoridades de Proteção de Dados na Dinamarca

    Google Analytics considerado ilegal pelas Autoridades de Proteção de Dados na Dinamarca

    Pela internet, uma das ferramentas mais usadas para medir o tráfego de diferentes websites é o Google Analytics. Esta ferramenta da Google é bastante poderosa para analisar as visitas que um website possui, e encontra-se numa longa lista de sites.

    No entanto, de acordo com a Autoridade de Proteção de dados da Dinamarca, após uma investigação feita sobre a ferramenta, esta chega à conclusão que não é possível usar as funcionalidades da mesma de forma legal e dentro das diretivas de proteção de dados.

    Segundo as autoridades, as ferramentas que a Google fornece sobre a plataforma do Analytics não permitem realizar o uso legal do mesmo sobre os websites, sendo necessário implementar medidas adicionais que a grande maioria dos utilizadores não realiza – e não são simples de integrar com os conteúdos fornecidos diretamente pela Google.

    Makar Juhl Holst, consultor jurídico sênior da Agência Dinamarquesa de Proteção de Dados, afirma que “O GDPR é feito para proteger a privacidade dos cidadãos europeus. Isso significa, entre outras coisas, que você deve poder visitar um site sem que seus dados caiam em mãos erradas. Analisamos cuidadosamente as possíveis configurações do Google Analytics e chegamos à conclusão de que você não pode usar a ferramenta em sua forma atual sem implementar medidas suplementares”.

    A entidade recomenda que as empresas dinamarquesas ajustem o uso da ferramenta para a tornar dentro dos termos da lei, ou em alternativa, a deixem de usar por completo.

    De notar que esta não é a única entidade a considerar o uso do Google Analytics como ilegal. Em Janeiro de 2022, a Autoridade Austríaca de Proteção de Dados iniciou a investigação ao uso da ferramenta, tendo também considerado que não será possível realizar o uso legal da mesma.

    Em junho de 2022, a Autoridade Italiana de Proteção de Dados também emitiu o mesmo parecer, juntamente com as autoridades Francesas de Proteção de dados, tendo considerado o Analytics como ilegal face aos termos do RGPD.