Categoria: mercados

A Roku, que em finais de Novembro de 2022, tinha confirmado que iria despedir cerca de 200 funcionários, agora encontra-se a preparar para uma nova vaga de despedimentos.

De acordo com os documentos entregues às autoridades nos EUA, a empresa encontra-se a confirmar que vai realizar o despedimento de mais 200 funcionários, totalizando assim 400 funcionários despedidos em apenas alguns meses.

Os documentos não referem onde irão ocorrer os despedimentos, mas existe a possibilidade que a maioria esteja associada com a sede da empresa nos EUA.

A medida estima-se que vai afetar 6% da força de trabalho atual da empresa, e encontra-se englobada nos planos da mesma para reestruturação interna e para redução de custos anuais, uma das prioridades da mesma para este ano.

De acordo com a Reuters, a empresa contava com cerca de 3600 funcionários no final de 2022. Esta junta-se a outras que realizaram, nos últimos meses, vários despedimentos em massa derivados da instabilidade financeira dos mercados mundiais.

De acordo com o mais recente estudo da empresa IDC, espera-se que o mercado dos dispositivos wearable venha a verificar aumentos no mercado durante este ano, depois de ter registado a sua primeira queda em 2022.

A empresa de análise do mercado acredita que, apesar de nos primeiros meses de 2023, os valores não serem positivos, essa tendência deve mudar para o meio do ano. A expectativa será que os envios para o mercado deste género de dispositivos aumentem 6.3% durante este ano, atingindo os 442.7 milhões de dispositivos enviados.

Neste momento o mercado encontra-se a registar um excesso de inventário disponível para este género de dispositivos, que leva a que sejam feitos menos envios para o mercado, e também leva a algumas mudanças nos preços. No entanto, se as previsões estiverem corretas, espera-se que a tendência de crescimento venha a sentir-se até finais de 2027.

De notar que os dispositivos vestíveis incluem um vasto conjunto de equipamentos, nomeadamente smartwatches, earbuds e afins. Apesar de a tendência ser para aumentar, é importante notar que os mercados financeiros ainda se encontram bastante instáveis, e existe o risco de recessão em vários países, com os consumidores a optarem por pagar menos pelos produtos.

Com isto, é possível que a tendência ainda venha a sofrer mudanças, caso também o mercado venha a mudar.

O mercado dos computadores pessoais encontra-se a passar por uma das suas piores fases dos últimos tempos, e nem mesmo a venda de alguns dos componentes essenciais para os mesmos parecem fugir a essa regra.

De acordo com os dados da empresa de análise de mercados IDC, o envio de novos monitores de PCs para o mercado caiu cerca de 18.3% durante o último trimestre de 2022. No total, estima-se que tenham sido enviados para o mercado menos de 30.5 milhões de unidades durante este período, sendo um dos valores mais baixos de que existe registo – desde meados de 2008, quando se começou a contabilizar estes dados.

Durante os picos da pandemia, e com a adoção do trabalho remoto, o mercado dos PCs verificou um “boom” de vendas, o que inclui também os acessórios em geral. No entanto, agora que mais empresas estão a voltar ao trabalho presencial, as vendas também se encontram a cair – embora para valores inferiores aos esperados.

De notar que as quedas foram também sentidas nas vendas de monitores profissionais – em parte porque, tendo em conta os despedimentos, também existem menos funcionários a necessitar de monitores.

Ao mesmo tempo, a IDC aponta ainda que as vendas baixas devem manter-se durante os próximos tempos para este mercado. As estimativas apontam que a tendência deve manter-se durante este ano, embora deva começar a recuperar em 2024, com ligeiros aumentos das vendas.

Na continuação da queda do Silicon Valley Bank, nos EUA, os mercados financeiros ainda se encontram a tentar ajustar à nova realidade, que certamente terá impactos significativos durante bastante tempo.

No entanto, vão surgindo também novas informações sobre o colapso, e sobretudo do que pode ter levado ao mesmo. Apesar de todo o colapso do Silicon Valley Bank ainda estar sob análise, e de certamente terem existido erros na gestão interna, alguns dos funcionários da entidade apontam também falhas devido ao trabalho remoto.

A SVB destacava-se no seu site a capacidade de manter uma cultura de trabalho flexível, onde os funcionários poderiam optar por trabalhar em formato físico ou remoto. Uma grande parte, devido sobretudo às alterações da forma de trabalho na pandemia, optaram por manter-se no trabalho remoto.

No entanto, esta ideia de trabalhar remotamente é também apontada por vários funcionários da instituição como uma das causas de problemas. Os relatórios internos da empresa demonstravam que a produtividade era consideravelmente afetada nos casos de trabalho remoto. Os relatórios de 2022 da entidade demonstravam que o trabalho remoto era um potencia risco para a empresa, apesar de ser uma das formas de trabalho mais recorrentes dentro da mesma.

Esta medida pode levantar novamente as questões de que o trabalho remoto pode ter impacto a nível do funcionamento de certas entidades, e afetar negativamente a produtividade. No entanto, uma grande parte desses problemas também ocorrem devido à gestão que é feita desse trabalho remoto – que no caso da SVB, poderia não ser o mais eficiente.

Muitas empresas adotam atualmente o formato de trabalho remoto, que possui várias vantagens e também, quando gerido corretamente, pode ajudar a aumentar a produtividade dos funcionários e da empresa em geral.

Mas, ao mesmo tempo, também existem muitas empresa que pretendem voltar a trazer os funcionários para o trabalho nos escritórios, como forma de melhorar a produtividade dos mesmos.