Malware descoberto em milhares de réplicas de smartphones falsos da China

Malware descoberto em milhares de réplicas de smartphones falsos da China

Os dispositivos Android estão especialmente vulneráveis para malware, uma vez que o ecossistema em si é aberto e permite que – infelizmente – esses géneros de conteúdos cheguem junto dos utilizadores.

E recentemente foi descoberto um novo malware que afeta sobretudo quem use a plataforma do WhatsApp, e para quem tenha a tendência a comprar smartphones falsificados. Como se sabe, existe um grande mercado de dispositivos falsos no mercado, que tentam aproveitar-se das grandes marcas para criar dispositivos falsos e consideravelmente inferiores em qualidade e desempenho.

Recentemente foi descoberto que alguns destes dispositivos possuem um malware instalado de fábrica, que pode afetar os utilizadores do WhatsApp e WhatsApp Business. O malware encontra-se sobre os dispositivos P48pro, radmi note 8, Note30u e Mate40 – todas versões falsas de dispositivos reais da Xiaomi, Samsung e Huawei.

O malware encontra-se escondido no próprio sistema operativo, através de ficheiros modificados maliciosamente. Quando os mesmos identificam que o utilizador instalou o WhatsApp, será quando estes entram em ação, roubando as conversas dos mesmos e usando o acesso para enviar malware e spam para potenciais vítimas – os contactos do utilizador.

De acordo com os investigadores da empresa de segurança Dr.Web, responsáveis pela descoberta, o malware encontra-se instalado de fábrica nestes dispositivos. Portanto não será algo que o utilizador acabe por descarregar ou instalar, mas sim algo que vêm de fábrica nos mesmos.

O malware possui ainda a capacidade de descarregar outro género de malware para o sistema, o que pode levar a ainda mais roubo de dados e ataques para as vítimas. Uma vez que o mesmo se encontra na base do sistema operativo, será consideravelmente difícil de remover sem uma alteração completa do mesmo.

Como sempre, ainda será recomendado que a principal forma de proteção seja dos próprios utilizadores, evitando dispositivos que sejam vendidos em mercados paralelos como réplicas.