Estudo aponta que ainda existe desinformação sobre a COVID no YouTube
A pandemia pode ter passado alguns dos seus picos, embora certamente ainda se encontrem casos de COVID pelo mundo. Durante os períodos mais críticos da mesma, muitas plataformas online trabalharam para remover conteúdos de desinformação sobre o vírus – muitos dos quais criados para tentar enganar os utilizadores, mas ao mesmo tempo para dar receitas para quem cria esse género de conteúdos.
O YouTube foi uma das plataformas usadas para tal. No entanto, mesmo que a pandemia tenha passado, no portal de vídeos ainda existem criadores que ganham bastante dinheiro através da publicação de vídeos de desinformação.
Pelo menos estes são os resultados de um recente estudo realizado pela Institute for Globally Distributed Open Research and Education, que aponta para o facto de ainda existirem canais dedicados à partilha de desinformação sobre o tema.
O estudo aponta que muitos dos canais começaram a adotar técnicas para contornar os filtros do YouTube, dando outros nomes para o vírus ou usando gestos invés de palavras, no sentido de evitar que sejam ativados os filtros automáticos da plataforma.
Isso parece ser rentável em muitos dos casos, com canais que ainda continuam a ganhar receitas da publicidade que surge nos vídeos, mesmo que esta seja sobre conteúdos enganadores. O estudo teve como base 3318 vídeos da plataforma, do qual se chegou à conclusão que 41% dos mesmos menciona a COVID com alguma informação errada ou imprecisa.
De relembrar que, em 2021, o YouTube tinha confirmado que teria removido mais de um milhão de vídeos associados com conteúdos enganadores da pandemia. Este valor tem vindo a aumentar consideravelmente derivado dos novos filtros que a plataforma também tem passado a integrar.
Os investigadores apontam que o YouTube continua a ser uma boa plataforma para os criadores de conteúdos deste género de conteúdos, em parte porque a mesma incentiva à criação com os pagamentos de receitas de publicidade e parcerias.