Termos de serviço da FTX proibiam o uso indevido dos fundos de clientes
Como se tem vindo a descobrir nos últimos dias, a FTX encontra-se agora em processo de insolvência depois de terem sido usado fundos dos clientes da mesma para a Alameda Research. No entanto, os dados agora revelados pelo portal Axios apontam que a plataforma explicitamente proibia este género de situações de acontecerem.
Os termos de serviço da FTX apontam que a empresa não iria usar os fundos dos clientes para investimentos de risco, algo que agora veio a saber-se não ter sido seguido pelo anterior CEO da empresa.
Segundo os termos, é indicado que os clientes possuem total controlo sobre os seus ativos digitais, e que estes ficariam permanentemente associados com os mesmos, e não seriam transferidos para outros usos por parte da empresa.
Os termos apontam ainda que todos os fundos dos clientes seriam associados com os mesmos, e não poderiam ser usados pela entidade para qualquer outra tarefa que não fosse as explicitamente associadas e requeridas pelos próprios clientes. Obviamente, como se veio agora a saber, isso não terá sido o que aconteceu.
Inicialmente, Sam Bankman-Fried teria afirmado que a FTX teria enviado mais de 8 mil milhões de dólares para a Alameda Research, que era gerida pela CEO Caroline Ellison. Depois desta medida ter sido descoberta, e de os clientes terem começado a retirar fundos da plataforma, esta entrou-se numa situação de incapacidade de fornecer os mesmos, o que resultou no congelamento de todas as retiradas de fundos das contas dos clientes – e eventualmente a insolvência da empresa.
A FTX era considerada a segunda maior plataforma de criptomoedas no mercado, logo atrás da Binance. A sua queda terá causado um forte impacto em todo o mercado das criptomoedas, que desde o início desta história começou a sentir os efeitos com fortes quedas.