Meta chega a acordo de 725 milhões de dólares sobre caso do Cambridge Analytica

Meta chega a acordo de 725 milhões de dólares sobre caso do Cambridge Analytica

O escândalo do Cambridge Analytica afetou negativamente a vista de privacidade do Facebook, e mesmo anos depois de ter acontecido, os efeitos do mesmo ainda se encontram a sentir. Se a ideia de privacidade no Facebook não se encontrava boa antes deste escândalo, ficou ainda pior depois.

No entanto, a empresa chegou agora a um acordo com um grupo que terá processado a Meta pelo caso. A Meta concordou em pagar 725 milhões de dólares sobre uma ação em tribunal, realizada por um grupo de utilizadores, e que terá sido lançada pouco depois do escândalo ter sido revelado publicamente.

De acordo com a Reuters, o caso envolvia as acusações de que a Meta e várias outras entidades terceiras teriam acesso a dados privados dos utilizadores, e usariam os mesmos para fins próprios e para personalização de publicidade.

O acordo da empresa resolve as acusações, dando a indicação que a Meta terá acedido a dados privados dos utilizadores sem que os mesmos tivessem fornecido autorização expressa para tal. Acredita-se que este seja um dos maiores acordos de sempre feitos nos EUA e derivado de uma política de privacidade, bem como um dos maiores pagamentos que a Meta terá feito neste sentido.

Apesar de ter chegado ao acordo, a Meta afirma que não terá realizado qualquer atividade ilícita sobre as suas práticas, e que nos últimos anos a empresa tem vindo a apostar consideravelmente em melhorar a privacidade das suas plataformas, com novas regras e programas para ajudar neste fim.

O acordo terá sido realizado tendo em conta que a empresa considerou ser a melhor ação a tomar para a sua comunidade e para os investidores.

De relembrar que o escândalo do Cambridge Analytica terá ocorrido porque a empresa obteve acesso a dados pessoais de quase 87 milhões de utilizadores do Facebook, sem a respetiva autorização, e a partir de uma app dedicada. O escândalo foi exposto em meados de 2018, em parte devido à divulgação do mesmo por Christopher Wylie.