Plataforma de assinatura de documentos da Adobe usada para distribuir malware
O Adobe Acrobat Sign é uma funcionalidade útil para os utilizadores que pretendam assinar documentos digitais, facilitando a tarefa. No entanto, esta ferramenta tem vindo, recentemente, a ser usada também como forma de distribuição de malware.
Foi recentemente descoberto que a aplicação da Adobe encontra-se a ser usada para vários esquemas de malware, nomeadamente para campanhas de propagação de malware focado em roubar dados de login e dados pessoais das vítimas.
De acordo com os investigadores da Avast, responsáveis pela descoberta da campanha, a mesma pode contornar algumas medidas de proteção que os utilizadores tenham implementado nos seus sistemas.
O Adobe Acrobat Sign, na sua base, trata-se de uma plataforma de teste que permite aos utilizadores assinarem documentos virtuais, como PDFs, bem como enviarem e autenticarem os mesmos para terceiros.
Nesta campanha, os criminosos tiram proveito do serviço para enviarem os conteúdos maliciosos a possíveis vítimas, nomeadamente ficheiros DOC e HTML, que se encontram armazenados diretamente nos servidores da Adobe. Uma vez que os documentos são assinados na plataforma da Adobe, os mesmos parecem ter origem nos sistemas da empresa – embora tenham sido criados pelos criminosos para enganar as vítimas.
Estando sob o nome da Adobe, alguns utilizadores podem considerar os conteúdos seguros, acabando por aceder aos mesmos e, no processo, podem acabar por instalar malware nos seus sistemas.
Esta campanha foca-se, sobretudo, para criadores de conteúdos online, onde são enviados documentos que alegam ser conteúdos de violação de direitos de autor ou similares, onde os utilizadores necessitam de aceder à plataforma da Adobe para verem os mesmos. Tendo em conta que os conteúdos estão diretamente nos servidores da Adobe, existe quem possa considerar os mesmos como seguros.
Como sempre, a primeira linha de defesa parte dos próprios utilizadores, que devem ter atenção a qualquer conteúdo que recebam de terceiros, e devem, sempre que possível, tentar validar a autenticidade dos mesmos.