Milhares de aplicações maliciosas para Android descobertas em nova campanha
Durante mais de seis meses, um conjunto de 60.000 aplicações para Android estiveram silenciosamente a instalar malware nos dispositivos onde se encontravam, numa nova campanha agora descoberta.
Esta campanha foi descoberta pela empresa de segurança Bitdefender, depois da empresa ter adicionado um novo componente de proteção no seu programa de segurança. A mesma verificou que, várias apps no mercado, estariam secretamente a usar um componente das mesmas para instalar adware nos sistemas, levando estes a apresentarem publicidade de forma constante.
As aplicações começaram a ser distribuídas desde Outubro de 2022, e a grande maioria diria respeito a falsas apps de segurança, cracks e apps de truques para jogos, software de VPN e outros similares, todos distribuídos de fontes não oficiais.
As aplicações tentavam evitar a deteção ao ocultar as suas atividades o melhor possível. Estas aplicações não se encontram disponíveis na Play Store da Google, mas estariam a ser distribuídas por utilizadores que, ativamente, estariam a procurar as mesmas.
Uma vez instaladas, estas começavam a apresentar publicidade nos dispositivos, e a redirecionar os utilizadores para sistemas de publicidade em controlo dos atacantes, onde as receitas eram enviadas para os mesmos.
As aplicações também não requeriam permissões “suspeitas”, sendo que se aproveitavam do processo de instalação de apps do Android para iniciarem as suas atividades, nomeadamente da janela que permite “abrir” a aplicação depois da instalação ser feita.
Quando os utilizadores abriam a aplicação, era feita uma ligação para os sistemas em controlo dos atacantes, de onde era recolhida a publicidade para as vítimas. Apesar de os investigadores indicarem que, a campanha, encontra-se atualmente a focar apenas em publicidade, os links poderiam ser redirecionados para qualquer outro site ou esquema.
Em parte, os atacantes reduziram ao máximo as possibilidades da atividade ser identificada, ao evitarem também que as apps fossem publicadas na loja de aplicações da Google.