Categoria: despedimentos

O mercado dos videojogos continua a sofrer alguns golpes, e o mais recente agora vai afetar a Riot Games, mais conhecida por ser a editora responsável por títulos como League of Legends e Valorant.

Numa mensagem partilhada no blog da entidade, o CEO da Riot Games, Dylan Jadeja, e o presidente Marc Merrill confirmaram que a editora vai realizar alguns despedimentos. Segundo os mesmos, serão despedidos 530 funcionários, o que corresponde a cerca de 11% do total da força de trabalho da empresa.

Estas medidas serão necessárias, segundo a empresa, para focar os esforços da mesma nos títulos atualmente no mercado. A ideia da Riot Games será focar-se em desenvolver os melhores conteúdos possíveis para League of Legends, Valorant, Teamfight Tactics, e Wild Rift.

Os cortes devem afetar também o desenvolvimento de Legends of Runeterra, onde uma parte da equipa será dispensada, e a restante irá focar-se em determinados modos de jogo para o título.

A editora vai ainda terminar o programa Riot Forge, que recompensava os pequenos programadores indie que pretendessem criar jogos baseados no universo de LoL.

Apesar destes cortes, a editora garante que ainda vai continuar a desenvolver novos títulos, estando já previsto um para este ano – atualmente conhecido apenas como “Project L”. Mais detalhes sobre o jogo devem ser revelados nos próximos meses.

A Riot Games junta-se assim na lista de empresas que confirmaram recentemente cortes nos seus funcionários.

A Etsy confirmou que vai ser uma das últimas empresas em 2023 a realizar despedimentos, por entre todas as entidades que realizaram estas vagas de cortes ao longo do ano.

O CEO da empresa, Josh Silverman, confirmou hoje que a entidade vai realizar o corte de 11% dos seus funcionários, o que corresponde a cerca de 225 funcionários. Este é o primeiro corte que a entidade realiza nos anos recentes, mas é visto como parte das medidas necessárias para ajudar a empresa financeiramente em 2024.

A empresa refere que irá focar a sua atenção para áreas críticas da mesma, e que se esperam novidades para o próximo ano. Mas que, para atingir esses objetivos, alguns cortes necessitam de ser aplicados. O CEO afirma ainda que esta decisão terá sido uma das mais difíceis de realizar nos últimos anos dentro da empresa, e a última medida a ser tomada.

A plataforma, focada sobretudo em vendas, tem vindo a  verificar quebras nas receitas durante os últimos trimestres, sendo que os valores já se encontravam em queda nos relatórios financeiros revelados em Novembro de 2023.

O CEO aponta ainda a Shein e Temu como algumas das causas para as quedas das receitas da empresa, tendo em conta que estas plataformas fornecem os produtos que normalmente se encontravam na Etsy a valores consideravelmente mais acessíveis.

Além disso, as duas plataformas são ainda as razões pelas quais a Etsy também aumentou consideravelmente as despesas a nível de marketing.

Apesar disso, a plataforma considera-se algo diferente das “rivais”. Durante a apresentação dos resultados financeiros em Novembro, Silverman afirmou para os investidores que a Etsy é “o completo oposto da Temu”.

A Klarna, reconhecida plataforma de pagamentos digitais, encontra-se a aplicar um novo bloqueio de contratação de novos funcionários…e a culpa é da IA.

Recentemente, o CEO da Klarna, Sebastian Siemiatkowski, confirmou que a empresa vai começar a apostar mais em IA, e que isso envolve também passar por um congelamento de novas contratações.

Em entrevista ao portal The Telegraph, o CEO afirma que a empresa vai congelar todas as novas contratações de funcionários, com a exceção de engenheiros para tarefas técnicas. Esta medida surge depois de, em Maio deste ano, a empresa ter confirmado que iria realizar despedimentos derivado das adversidades financeiras do mercado.

Agora, a Klarna não se encontra a realizar novos despedimentos, mas invés disso vai congelar todas as novas contratações, com a ideia de que a IA pode realizar muitas das tarefas que eram anteriormente realizadas por humanos.

Siemiatkowski afirma que a IA pode realizar tarefas mais rapidamente e com maior precisão do que os seres humanos. O mesmo afirma que tarefas que antes demoravam bastante tempo a ser realizadas, agora podem ser feitas praticamente num segundo com recurso a IA.

Nesta ideia, o executivo afirma que pretende analisar como a IA pode melhorar o futuro da empresa, algo que agora será uma aposta forte para a mesma. Siemiatkowski não revelou concretamente quais os cargos dentro da entidade que serão substituídos por IA, mas certamente que deve afetar uma grande parte dos postos.

A Ubisoft Montreal recentemente realizou o despedimento de 98 dos seus funcionários, como parte de uma reestruturação interna da empresa. A medida, segundo o portal Kotaku, terá afetado sobretudo as divisões de engenharia e administração.

A entidade afirma que vai fornecer toda a ajuda necessária aos funcionários afetados, com base nas leis do Canadá, bem como ajudar na transição para outras entidades.

De notar que os estúdios da Ubisoft no Canadá são considerados como um dos mais importantes e de maior impacto dentro da Ubisoft. O mesmo é também onde se encontra uma grande parte da equipa de desenvolvimento, com cerca de 4000 funcionários.  A Ubisoft Montreal é responsável por nomes como Assassin’s Creed, Far Cry e Rainbow Six Siege, entre outros.

Em comunicado, os estúdios garantem que a medida não vai afetar as divisões de desenvolvimento de jogos, o que será a indicação de que as medidas não vão ter impacto no desenvolvimento de jogos atual. No entanto, a empresa pode não ter ainda terminado todos os cortes, sendo que está previsto o despedimento de aproximadamente duas dezenas de funcionários para breve.

É importante relembrar que a Ubisoft tem realizado vários despedimentos desde o início do ano. No total, a empresa já despediu mais de 1000 funcionários nas suas divisões a nível global, de acordo com os relatórios financeiros da empresa. Ainda assim, a empresa conta com mais de 19.000 funcionários atualmente ativos.

Recentemente a Bungie revelou que iria realizar cortes de funcionários, numa medida focada em contenção de gastos da empresa. No entanto, hoje conhecem-se mais detalhes sobre os motivos diretos para estes cortes, e também para o ajuste de algumas datas de lançamento de títulos da editora.

De acordo com o portal Bloomberg, entre alguns dos motivos que agora levam aos cortes encontra-se a forte queda de popularidade de Destiny 2 junto dos jogadores, algo que certamente afetou as contas da entidade.

Os dados apontam que a editora encontra-se a ter problemas em manter os jogadores ativos dentro do jogo, que atualmente encontra-se em formato free-to-play. Isto terá levado a quebras nas receitas do jogo de aproximadamente 45% (segundo as previsões para o ano).

Isto estará também entre os motivos pelos quais a Bungie encontra-se a aplicar várias medidas de cortes nas despesas. Os funcionários apontam que vários eventos e viagens foram cancelados, e alguns dos trabalhadores tiveram congelamentos dos seus salários. Novas contratações também foram congeladas, para evitar mais despesas. É ainda referido que, quando a Bungie anunciou cortes de funcionários, a 30 de Outubro, cerca de 8% dos programadores da empresa terão sido despedidos – o que corresponde a cerca de 100 funcionários.

Além das alterações internas nos estúdios, acredita-se que alguns dos projetos do mesmo também terão sofrido alterações. A expansão de Destiny 2 “The Final Shape” foi adiada de Fevereiro de 2024 para Junho do mesmo ano. O desenvolvimento da mesma encontra-se a ser feito a bom ritmo, mas ainda longe de ser nos níveis de qualidade que se pretendia. Os recentes cortes não ajudam na tarefa, sendo necessário mais tempo para concluir as tarefas.

Além deste, também o jogo Marathon terá sido recentemente adiado, com lançamento previsto agora para 2025, invés de 2024.

Durante o dia de ontem foi confirmado que a Epic Games iria realizar despedimentos sobre a sua equipa, em cerca de 16% dos trabalhadores na mesma. E agora, conhecem-se mais detalhes de quais serão as divisões mais afetadas pelos cortes.

De acordo com o portal Eurogamer, uma das divisões que vai ser mais afetada pelos cortes encontra-se na Mediatonic, os estúdios responsáveis pelo jogo Fall Guys. A Epic Games adquiriu a Mediatonic em 2021, depois do sucesso da empresa com o jogo que foi viral durante a pandemia. No entanto, o sucesso do mesmo tem vindo a cair consideravelmente, e isto pode justificar os cortes agora sentidos.

Apesar de a Epic Games ter confirmado os despedimentos, não deixou detalhes de onde os mesmos iriam acontecer. Mas as fontes indicam que a Mediatonic encontra-se entre as mais afetadas, sendo ainda desconhecido o número de pessoas que vão manter-se no estúdio.

Quase todas as divisões do estúdio foram alvo de despedimentos. Um dos agora ex-funcionários dos estúdios publicou uma imagem na X com as letras do logo Mediatonic alteradas para formarem a palavra “decimation” (traduzido para dizimação).

Apesar dos cortes em larga escala, os estúdios devem manter-se ativos e a trabalhar nos jogos que possuem, sendo que a própria Epic Games também confirma que Fall Guys ainda continua a ser uma prioridade para os mesmos, e vai receber atualizações constantes. Apesar disso, ainda resta saber como estes cortes podem afetar a empresa como um todo, e consequentemente, o desenvolvimento de Fall Guys.

Os estúdios da Crystal Dynamics, criadores de jogos mais recentes da saga de Tomb Raider, confirmaram que vão realizar alguns despedimentos, como parte da reestruturação da empresa.

Segundo o comunicado da mesma, dez funcionários foram despedidos na mais recente onda de reestruturação da entidade. Estes funcionários encontravam-se em diferentes divisões da empresa, desde marketing a TI.

Os despedimentos surgem na altura em que a Embracer Group, grupo que detêm vários estúdios de videojogos, onde se inclui a Crystal Dynamics, encontra-se a realizar uma reestruturação interna dos mesmos e a aplicar cortes nas despesas. Recentemente o grupo também confirmou o encerramento dos estúdios de Volition, criadores de séries como Saints Row e Red Faction.

A Crystal Dynamics foi um dos estúdios que o grupo adquiriu o ano passado da Square Enix, juntamente com a Eidos Montereal e Square Enix Montereal – ambos os quais foram entretanto encerrados.

A Crystal Dynamics foi fundada originalmente em 1992, na altura como um estúdio de terceiros para nomes como 3DO Interactive Multiplayer. O nome é mais conhecido por ter sido criador de jogos como Tomb Raider e Legacy of Kain ao longo dos anos.

A editora Blackbird Interactive, conhecida por lançar títulos como “Homeworld 3”, confirmou que vai realizar alguns despedimentos esta semana.

A partir de um comunicado enviado ao portal IGN, a empresa confirmou que vai realizar o despedimento de 41 dos seus funcionários durante os próximos tempos. Estes despedimentos vão levar também ao cancelamento de alguns projetos que não tinham sido anteriormente revelados.

Segundo a empresa, tendo em conta que se trata de um estúdio independente, esta sempre manteve uma relação bastante próxima com todos os funcionários. Infelizmente, é necessário deixar de lado alguns talentos de forma a permitir focar em futuras criações.

Antes dos despedimentos desta semana, a Blackbird Interactive contava com cerca de 300 funcionários ativos. Os estúdios foram originalmente fundados por um grupo de ex-funcionários da EA em 2007, sendo que apenas em 2016 lançaram o seu primeiro jogo no mercado: Homeworld: Deserts of Kharak.

Em 2019, eventualmente foi confirmado que o estúdio estaria também a desenvolver Homeworld 3, a próxima versão da saga. Foram ainda lançados outros títulos intermédios, como Hardspace: Shipbreakers e Crossfire: Legion.