Amazon cancela compra de 1.4 mil milhões da iRobot

Amazon cancela compra de 1.4 mil milhões da iRobot

A Amazon e a iRobot confirmaram que vão encerrar os planos de uma aquisição, no seguimento das autoridades europeias terem considerado que a compra poderia colocar em risco a competição no mercado.

A compra da iRobot por parte da Amazon teria sido anunciada em Agosto de 2022, e rapidamente tornou-se foco da atenção para as autoridades, sobretudo na Europa, derivado do potencial de prejudicar outras rivais no mercado.

Em Julho do ano passado, a Comissão Europeia tinha confirmado que iria começar uma investigação ao negócio, avaliado na altura em 1.4 mil milhões de dólares.

Derivado do impacto para o mercado, as duas empresas decidiram encerrar a compra, deixando assim de lado o negócio. Ao mesmo tempo, a iRobot também confirmou que, devido a este processo, serão feitos despedimentos da empresa.

Em comunicado, a iRobot confirmou que 350 funcionários vão ser despedidos nas próximas semanas, o que representa 31% dos trabalhadores da empresa. Colin Angle, fundador e CEO da empresa, também anunciou que vai sair do seu cargo com efeitos imediatos.

Apesar de nenhuma das partes ter indicado os motivos para o fim da compra, a posição da União Europeia e as investigações realizadas, que se suspeitava que iriam negar a realização do negócio, podem ter sido um dos fatores mais importantes para esta decisão.

Em comunicado, a Amazon afirma que esta decisão terá impacto no futuro do desenvolvimento de novas tecnologias e novas empresas no mercado. A empresa aponta ainda os dedos às entidades reguladoras, indicando que medidas como estas podem causar um forte impacto na inovação do mercado e em produtos mais competitivos a nível de preços para os consumidores.

Por sua vez, a iRobot demonstra-se desapontada pelo fim do negócio, mas indica que irá agora olhar para o futuro da empresa e como inovar no mercado onde se encontra assente.

De relembrar que, em Janeiro, existiam rumores que apontavam a possibilidade da Amazon ter sido alertada pela Comissão Europeia que o negócio poderia estar “por um fio”, caso não fossem fornecidas garantias de como a compra não iria prejudicar empresas rivais no mercado.